DHL implementa a logística do futuro

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Se preparando para o futuro que a conectividade já vem redefinindo o modo de existir das pessoas e empresas, a DHL, em parceria com a Cisco, apresentou o seu relatório de tendências Internet das Coisas e como vem testando novas tecnologias para uso na logística. Para apresentar essas tendências a um grupo de jornalistas, veio ao Brasil o vice-presidente da DHL Américas para o setor de tecnologia, Scott Allison.

 

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Segundo o estudo, a Internet das Coisas impulsionará cerca de 1,9 trilhão de dólares nas operações logísticas e cerca de 8 trilhões de dólares por meio de novas conexões ao longo da próxima década. Nesses valores não considerados apenas aumento de receitas, mas também a redução de custo que essas novas tecnologias começam a proporcionar.

Scott acredita que a Internet das Coisas irá melhorar a tomada de decisões em operações de armazéns por meio de análise de dados em tempo real e com base em dispositivos conectados via tecnologia Wi-Fi, como smartphones, tablets e óculos conectados, como o Google Glass. Para se ter uma ideia, exemplifica, atualmente há 15 bilhões de aparelhos conectados e, até 2020, ou seja, apenas daqui a 5 anos, serão 50 bilhões de dispositivos comunicando entre eles. Haverá conexões em todas as etapas do processo, a partir da mercadoria saindo do fabricante para os armazéns, nos veículos e até chegar aos clientes finais.

De acordo com o relatório, ao longo da próxima década, o setor de logística pode alavancar níveis mais elevados de eficiência operacional na medida em que a conexão em tempo real os milhões de embarques que são deslocados, rastreados e acondicionados todos os dias. No setor de armazenagem, paletes e itens conectados serão um impulsionador importante para uma gestão de estoque mais inteligente. No transporte de cargas, o monitoramento e o rastreamento de mercadorias tornam-se mais rápido, mais preciso, preditivo e seguro, ao passo que a análise de uma frota conectada pode ajudar a prever falhas de ativos e agendar verificações de manutenção automaticamente. Por fim, conectar o pessoal responsável pela entrega aos veículos e pessoas que se encontram nos arredores pode se tornar uma forma de capitalizar e otimizar a viagem de volta, aprimorando a eficiência e o serviço prestado no trecho final da entrega. Para os clientes, isso significa que a DHL pode fornecer um serviço ainda mais rápido, confiável e com um custo ainda mais baixo.

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REALIDADE AUMENTADA

Um projeto piloto está sendo realizado pela DHL com o uso de dispositivos eletrônicos e software de realidade aumentada e o resultado já aponta uma melhora de 25% na retirada de mercadorias em seu armazém. Trata-se do Vision Picking, tecnologia utilizada para fazer a retira de materiais com assistência de um óculos conectado, como o Google Glass e o VuzixM100. Além de esses equipamentos mostrarem as informações de cada tarefa durante o processo, incluindo o corredor, a localização física da mercadoria e a quantidade desejada, ele deixa o operador com as mãos livres para executar a tarefa. No total, 10 funcionários participaram do projeto piloto e gerenciaram a retirada de 20 mil itens, cumprindo 9.000 pedidos dentro do prazo determinado, sem cometerem erros. No momento, a DHL está avaliando a viabilidade de implantação dessa solução, inclusive, em outras áreas. 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).