Em mais de 120 anos de história dos veículos comerciais, os volantes tiveram o desenho inalterado, porém, ganharam multifuncionalidades.

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Se resgatar a trajetória dos antigos caminhões da Daimler Motoren-Gesellschaft, de 1896, pode-se observar que muita coisa mudou daquele ano até agora. Os veículos ganharam mais potência, tecnologias embarcadas, mais segurança, mas a forma de guiá-los também evoluiu. O volante que equipava os caminhões da fabricante alemã, naquele século, era pequeno e de ferro fundido, e funcionava porque era ligado a uma cadeia que fazia girar o eixo dianteiro para orientá-lo na direção desejada.

Atualmente os sistemas de direção foram aperfeiçoados, no entanto, por mais que tenham sido desenvolvidos experimentos e desenhos futuristas, o componente mantém praticamente as mesmas características de antigamente.

Mas é clara a sofisticação e a multifuncionalidade do volante que ganhou uma série de tarefas extras.

Os caminhões que foram produzidos nas primeiras décadas do século XX ofereciam volantes que pouco se diferenciavam do que era montado nos modelos primitivos da Daimler.

O primeiro acessório a ser instalado no volante foi a buzina, logo depois ocorreu o avanço do sistema de ignição. Mesmo com essas “modernidades”, o transporte rodoviário tinha de ser feito por verdadeiros atletas. Imagine a força que era exercida nos braços?

Nas décadas de 1940 e 1950 guiar um caminhão era certamente um ofício para os fortes.

A medida que os veículos pesados foram ganhando maior protagonismo no mercado mundial –  o que trouxe como consequência direta o aumento da tonelagem dos caminhões – o incremento de inovações ao volante foi gradativo.

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A posição do volante foi outro item a ser evoluído, passou a ser semi-horizontal, com objetivo de poder guiar com mais afinco nas curvas, além de deixar o motorista numa postura mais correta.

No final do século passado outras novas tarefas foram implementadas no volante, dando a ele um segundo nome: multifunção. Começaram a chegar os primeiros airbags como item de segurança passiva, sendo a Volvo a marca pioneira.

Com a chegada da eletrônica embarcada o volante ganhou papel notório, pois ter as mãos a maior parte das funções e acessórios que interveem na condução, são as premissas da multifuncionalidade. Com isso o motorista passou a ativar determinadas funções sem ter de se afastar do volante.

Os primeiros comandos que passaram a ser introduzidos no volante foram os sistemas de rádio/CD. Com o tempo os comandos de outros controles também foram sendo acomodados no volante. Os novos e ergonômicos desenhos deixam um grande espaço na parte superior para permitir a leitura do quadro de comandos. A arquitetura ficou tão bem resolvida que o telefone celular, rádio, cruise control, limitador de velocidade e computador de bordo podem ser ativados do volante.

Vale ressaltar que no início de sua chegada, o volante multifunção era um item oferecido como opcional. Com o passar do tempo e tamanha a sua importância até pela segurança que possui, o volante passou a ser série nos caminhões topo de linha das fabricantes.

Volvo e Scania foram além, e passaram a oferecer o volante multifuncional na sua gama de caminhões intermediários como as cabines VM e P e G, respectivamente. E a Mercedes-Benz, atenta a isso, introduziu, recentemente, o volante multifuncional nos modelos Axor e Atego.

Contudo, pode significar que essa função não se limitará apenas aos caminhões topo de linha.

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