Quem vive na região Sudeste e acha que a maior parte das nossas estradas são pavimentadas, precisa saber que não. Apenas 12,2% das rodovias possuem pavimentos, ou 210.618,8 km de uma extensão total de 1.720.643,2 de malha viária.

estrada caminhao
Pouco mais de 5% das estradas asfaltas são duplicadas. Foto: Arquivo

Os dados são de pesquisas da CNT (Confederação Nacional do Transporte). E, mesmo assim, desses 210.618,8 km de estradas pavimentadas, 94% são de pistas simples e 5,3% de rodovias duplicadas (0,7% estão em duplicação).  

Em 2001, a mesma pesquisa apontava que 9,8% das estradas eram pavimentadas, ou seja, uma evolução de apenas 3,4% em 16 anos.

No mesmo período de uma década e meia, a frota de veículos em geral aumentou de 31,9 milhões para 93,9 milhões. O maior crescimento foi da frota de motocicletas, que cresceu 420,2%, seguida da de automóveis (141,6%), ônibus (119,5%) e de caminhões (84,3%).

Transporte de cargas

A pesquisa da CNT também apurou que o Brasil possui 111.743 empresas de transporte de cargas, registrando uma queda de 29%. Em 2015, existiam 156.765 transportadoras. Já o numero de comperativas caiu de 329 para 274 cooperativas, uma queda de 17%. A redução de caminhoneiros autônomos foi maior. O número de caminhoneiros autônomos também teve que, de 23%. Eram 723.807 em 2015 e passaram a 553.643 no ano passado.

Transporte ferroviário

E quem acha que o transporte ferroviário não cresceu, precisa saber que não. Cresceu sim. Em 2001 foram fabricados 748 vagões de cargas. Em 2016, 3.903 unidades. Um crescimento de 421,8%. No caso de vagões de passageiros, o crescimento, percentualmente, foi maior: 566,2%. Porém, a base de 2001 era menor, quando foram fabricadas 71 unidades contra 473 em 2016. O relatório da CNT aponta que malha ferrovia hoje tem 29.165 km, porém, não há dados de 2001 para comparação.

Duplicação em andamento km 777 Pedro Gomes Coxim foto Rachid Waqued
BR-163 é um exemplo de rodovia que nunca fica pronta. Cerca de um terço ainda é de terra. Foto: Arquivo

Os dados acima apontam que ainda há um Brasil a ser construído em termos de infraestrutura. Se por um lado vivemos em um país em estradas e ferrovias, por outro lado, há um país de oportunidades para as gerações atual e que está chegando. O negócio é torcer que a política e a economia entre nos eixos para, pelo menos, que as pessoas possam trabalhar.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).