Governo encerra Finame para caminhões

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Os transportadores que quiserem comprar caminhão pelo Finame PSI com taxas de juros fixas tem até sexta-feira (30/10) para protocolar o pedido. O BNDES emitiu nota para os bancos na noite de sexta-feira (23/10) comunicando a antecipação do término do Finame PSI para 30 de outubro. O fim do Finame PSI simplificado (menos burocrático) foi antecipado para hoje (26/10). 
mercado bndes psi

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).  

Segundo o diretor comercial do Banco Mercedes-Benz do Brasil, Angel Martinez, quem estiver pensando em comprar caminhão não deve deixar para o final da semana, mas fazer o protocolamento do PAC (Proposta de Abertura de Crédito) nas próximas 48 ou 72 horas para assegurar as taxas de juros fixas.

A partir de novembro, os transportadores terão como opção para financiamento do Finame TJLP (taxa de juros a longo prazo) com taxas de juros variáveis ou pela Selic, com juros maiores do que os atuais. Outra opção será o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) com juros mensais entre 1,50% e 1,80%.

A antecipação do fim do Finame PSI — programa que simplifica a burocracia na aquisição de caminhões, bem como fornece subsídios através da redução dos juros — pode significar uma queda ainda maior no já combalido mercado de caminhões, ônibus e implementos novos em 2015 que está mais de 43% menor do que 2014. Considerando que 77% dos caminhões novos vendidos no país são via Finame PSI, a antecipação do fim do programa, que geralmente acontece no último dia do ano, 31 de dezembro (quando é lançado o plano para o ano seguinte), podem fazer com que 9.500 veículos novos deixassem de ser comercializados. A medida atinge também as indústrias de ônibus e implementos rodoviários.

 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).