IMG 9714x
Foto: Gil Santos

Importantes entidades que representam as transportadoras e o setor pedem pelo fim da paralisação dos caminhoneiros e a volta da atividade do setor: Confira alguns desses comunicados:

CNT

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) considera que os caminhoneiros foram muito bem atendidos. O bloqueio de caminhões de propriedade das transportadoras é ilegal e pede força policial para que os veículos das empresas voltem a circular normalmente. 

Fetcesp

A FETCESP esclarece que não apoia e tampouco incentiva qualquer tipo de paralisação das atividades de transporte rodoviário de cargas.

A notícia da abertura de investigação da FETCESP pelo CADE em virtude de vídeo divulgado pela entidade, mostra apenas parte do vídeo o que distorce o sentido da mensagem nele contida e que se pretende passar ao público em geral.

 Esclarece que iniciou no ano passado uma campanha com o objetivo único de valorizar a imagem do transporte rodoviário de carga, que é a mensagem final do vídeo divulgado e omitida no noticiário.  A intenção clara no vídeo é a de conscientização da população sobre importância do transporte rodoviário de cargas e de amenizar a rejeição ao caminhão. 

Este foi o primeiro vídeo da campanha que se justifica em razão das restrições ao tráfego de caminhão.

Daí a importância de mostrar o seu papel relevante no abastecimento das cidades.

A FETCESP entende que a manifestação em curso no País não contribui com a valorização da imagem do transporte e atua no sentido de que seja restabelecida a normalidade e as empresas, que são inquestionavelmente prejudicadas com a paralisação, possam livremente desenvolver seu trabalho e sua atividade de escoamento da produção e o abastecimento de todo o mercado.

26/5/2018

Flavio Benatti,

Presidente da FETCESP

Setcesp:

A atividade de transporte necessita de capital intensivo para poder operar, por isso seus compromissos como aluguel, salários, fornecedores, entre outros, continuam vencendo normalmente, motivo pelo qual a impossibilidade de operar está trazendo enormes prejuízos às empresas.

O Governo Federal já atendeu as reivindicações mais importantes dos motoristas autônomos e, com certeza, o movimento deverá se desmobilizar, porém isso não será automático, pois há resistência de parcela significativa dos autônomos que ainda não se sentem seguros sobre a real aplicabilidade das medidas anunciadas.

Por isso, é importante que antes de liberar a sua frota de veículos, as transportadoras verifiquem as condições de trafegabilidade. O SETCESP, em conjunto com o IPTC – Instituto Paulista do Transporte de Carga, irá publicar constantemente nos canais de comunicação da entidade os locais nos quais estão ocorrendo manifestações. Lembre-se que a segurança dos seus colaboradores e da carga é de total responsabilidade da sua empresa, pois nestas ocasiões de convulsões sociais não há cobertura de seguro.

Por um outro lado, as nossas entidades nacionais estão solicitando às autoridades constituídas para que tomem providências na área de segurança de forma a permitir o trânsito de veículos de cargas sem incidentes.

Tayguara Helou
Presidente do SETCESP

28.05.2018

Setcepar

O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviário de Cargas no Estado do Paraná – Setcepar, é contra a política equivocada de preços dos combustíveis adotada pela Petrobrás, que aliada a crise política e econômica atual, está levando as empresas do setor ao limite de suas operações e, em alguns casos, ao encerramento de suas atividades.

O transporte rodoviário de cargas é responsável hoje por 5% do PIB do país, parcela significativa da economia. Só no Paraná, são mais de 12 mil empresas que atuam no setor e que hoje acabam pagando para rodar e não fechar as portas e com isso, postos de trabalho. Além do alto custo do combustível, um dos mais caros do mundo, as empresas precisam arcar com o valor dos pedágios, gastos de manutenção e o baixo valor do frete.

No Paraná, a paralisação dos caminhoneiros e bloqueio de rodovias já tem gerado prejuízos. Produtores de leite do Oeste do Estado, foram obrigados a descartar seu produto já que os caminhões das cooperativas não conseguiram ir até as propriedades rurais. Também temos notícias de que o abastecimento de combustíveis e outros produtos em municípios do interior foi prejudicado, assim como nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso.

Por isso, estamos orientando as transportadoras a não passarem pelas regiões onde estão sendo realizados os bloqueios afim de preservar a segurança dos seus colaboradores, assim como a integridade da carga e do patrimônio. O Setcepar também orienta os empresários do setor a aumentarem imediatamente seus preços, toda vez que o valor do diesel subir, na tentativa de minimizar o desequilíbrio financeiro e a quebra das suas empresas. Acreditamos que diante desse quadro, é preferível desativar parte da frota, reduzir a oferta, até que sejam realizados os reajustes nos preços dos fretes, que acompanhem essa alta absurda do preço do combustível.

24.05.2018

Transcares

O Transcares – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Espírito Santo vem acompanhando, incansavelmente, desde o último domingo todas as movimentações acerca das manifestações promovidas pelos motoristas autônomos e empresas de transportes contra essa nefasta política de reajuste nos preços de combustíveis promovido pela Petrobras, que está estrangulando o segmento de transporte rodoviário de cargas e logística.

Entramos nesta quinta-feira, 24 de maio, no quarto dia de paralisação em todo Brasil, ainda sem saber o que está por vir. Entidades do segmento continuam em constantes reuniões junto ao Governo Federal e a classe política para reiterar um posicionamento sobre a devastadora política de preços do diesel. E enquanto uma solução não acontece, o que vemos são as cidades sendo desabastecidas.

O segmento de transporte de cargas e logística já começa a sentir as consequências nos atrasos e/ou ausência de distribuição de mercadorias e, em função disso, pode ser que nas próximas horas seja obrigado a restringir as operações de carga e descargas de produtos diversos.

O cenário que se desenha está exigindo cautela! Resta, pois, às empresas, visando à preservação de seu patrimônio e, sobretudo, à segurança de seu capital humano e das mercadorias que transportam, avaliar com bastante precaução a possibilidade de manter ou não a sua frota nas garagens e nos centros de distribuições até que haja segurança necessária para seguir viagem.

Não há como negar que o TRC vive mais um momento delicado. Apesar disso, entendemos o movimento dos caminhoneiros autônomos e do transportador como legítimo, desde que tais protestos não sejam marcados por ações radicais que prejudiquem o ir e vir das pessoas, um direito constitucional, bem como não bloqueie a passagem de caminhões transportando cargas vivas, medicamentos, alimentos perecíveis e frigorificados, entre outros semelhantes.

Concordamos com a posição defendida pela NTC, em seu comunicado sobre os protestos, que considera inaceitável a manutenção da política atual da Petrobras sob a justificativa da disparada dos preços internacionais do petróleo e da cotação do dólar. “Isso é brincar com fogo e flertar com a inflação”, diz o documento assinado pelo presidente da entidade, José Hélio Fernandes.

Para finalizar, como entidade de classe que representa as empresas de transporte de cargas e logística no Espírito Santo, o Transcares faz os seguintes alertas e considerações:

– Contamos com a compreensão do demais setores econômicos, de forma que, em respeito à integridade dos profissionais e das mercadorias, essas operações poderão continuar suspensas até que as rodovias voltem a “fluir” com normalidade e segurança;

– Diante do cenário atual, é favorável a política de gatilhos de preços dos fretes, que precisa ser assimilada pelos embarcadores com igual responsabilidade. Do contrário, corremos o risco de aprofundar ainda mais essas crises logísticas brasileiras com reflexo no abastecimento; e

– O Governo Federal deve ter mecanismos de contingenciamento junto à Fazenda e à Petrobras para a necessária proteção da cadeia produtiva nacional em momentos de crise como este.

Cariacica, 24 de maio de 2018

Sinaceg

O Sindicato Nacional dos Cegonheiros – Sinaceg – considera que as medidas anunciadas pelo governo atingem as reivindicações preponderantes dos caminhoneiros, e espera que a normalidade seja restabelecida nas rodovias brasileiras.

Reiterando que não tem conhecimento da participação de seus associados em piquetes ou obstruções nas estradas.