O ano era 1972, dois anos após a seleção canarinho celebrar o tricampeonato mundial. A Mercedes-Benz se preparava para estrear em um novo nicho no Brasil, o segmento dos caminhões leves.

608 D

Mais de duas décadas após o lançamento dos caminhões cara-chata da marca da estrela (LP-321), que você já leu nesta seção, era a vez do novato L 608 D, o ‘Mercedinho’, como ficou carinhosamente conhecido entre os motoristas brasileiros.

O L 608 D, com PBT de 6 t, recebia motor OM – 314 de 3.8 litros a diesel (novidade para a época, já que a maioria dos modelos eram movidos a gasolina) com injeção direta, de 4 cilindros e 85 cv de potência. Completava a parte de força a transmissão manual de cinco velocidades.

05 L 608

Três opções do ‘Mercedinho’ eram oferecidas: cabine, meia cabine ou apenas o chassi.
Poucos meses após estrear, o caminhão fechou o seu primeiro ano de atuação com 35% de participação no segmento, representando um verdadeiro sucesso para a fabricante de origem alemã.

Em 1988, a Mercedes-Benz lançou o sucessor do pequeno notável, o 709, com cabine mais espaçosa, motor turbodiesel de 106 cv de potência e promessa de maior economia de combustível. Pouco tempo depois, o sucessor passou a ser chamado de L 710.

06 L 608

Com o passar do tempo, o design dos caminhões foi mudando, as tecnologias embarcadas e de segurança foram ficando mais avançadas e as exigências no quesito de emissão de poluentes ficando mais rígidas, e a Mercedes-Benz seguiu investimento no segmento dos leves, mas, agora, com a família de caminhões Accelo. Poucos caminhões ficam cravados na memória do motorista brasileiro, e mesmo com todas essas atualizações de portfólio, nenhum sucessor gerou tanta empatia e admiração como o velho L 608 D, o precursor, conquistou.