abastecendo diesel

Com a mudança da política da Petrobras de divulgar o preço do litro dos combustíveis em vez do índice de aumento ou redução, muito se tem falado da diferença do valor na refinaria e nas bombas dos postos. O que mais tem chamado a atenção da imprensa e, consequentemente, da população é a alta carga tributária. O percentual chega a 48% na gasolina e 28% no diesel. O percentual varia um pouco em função da diferença de alíquota de ICMS nos estados.

Custos de transporte, armazenagem e serviços 

Porém, a carga tributária considerada “invisível” no preço dos combustíveis é maior e grande parte da imprensa não tem lembrado disso. Quando você para o seu caminhão para abastecer, além dos 28% de impostos (ICMS, PIS/COFINS, Cide), você paga muitos outros impostos e custos indiretos. Por exemplo, o INSS de todos que trabalham desde a refinaria, transportadoras, distribuidoras e postos de combustíveis. FGTS. Você também paga o IPTU de todos os lugares que essas empresas funcionam. Além dos impostos, você paga todas as taxas de fiscalização etc., pois todos os custos são pagos pelo consumidor final e por isso essa gigante diferença entre o preço na refinaria e na bomba do posto.

A lista ainda continua. Para os caminhões transportarem o diesel, ele paga IPVA, seguros, licenciamentos, pedágios, despesas com manutenção agravada pelas péssimas condições de nossas estradas etc. São todos custos que estão embutidos no valor do frete e que entram no custo final do combustível vendido ao consumidor. 

A planilha de custo inclui, além do salário de todos os trabalhadores do setor, também planos de saúde (pois na dá para confiar no SUS), associações de classe, sindicatos, sistemas de segurança, diversas taxas para órgãos públicos, principalmente, para licenças ambientais etc.

Assim, quando você abastecer o caminhão lembre que a conta que você está pagando é muito grande e a lista é extensa.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).