Aumento nas exportações em 40%, venda de um lote de 100 caminhões para uma das maiores transportadoras de cargas fracionadas do Brasil e o lançamento de uma promoção para acabar com os estoques das concessionárias. Com essas notícias, a MAN Latin America quer mostrar que está fazendo a parte dela e acreditando no início da retomada da economia, mesmo que em passos curtos, mas adiante. 

Vem que tem negbaixa
Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. Foto: Divulgação

A promoção “Vem que tem negócio”, que será totalmente on-line, é focada nos compradores de caminhões de pronta-entrega e terá duração de dois meses (de 2 de maio a 30 de junho). As condições para compra dos caminhões em estoque são de 10% de entrada e o saldo financiado em 48 meses aos juros de 0,99% ao mês pelo Banco Volkswagen. A modalidade de financiamento é o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), menos burocrática que Finame, podendo, inclusive, o crédito ser aprovado em questões de horas.

Segundo o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, a quantidade de caminhões à venda pela promoção é o equivalente ao período dos dois meses, ou seja, cerca de dois mil caminhões.

Primeiro leilão on-line

“São vendas de varejo para autônomos, pequenos e médios compradores, para quem as taxas do CDC disponíveis no mercado são inibidoras e as dessa promoção são competitivas, inclusive, com o Finame, disse o vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda, Ricardo Alouche. Ele explica que esta ação atende às expectativas dos clientes que esperam taxas de juros baixarem.

“Somos os primeiros a lançar um feirão 100% on-line. O cliente pode entrar na internet, acessar os estoques das concessionárias próximas a ele e iniciar a negociação”, acrescenta Alouche. Caso o cliente não encontre o caminhão que procura na concessionária de sua região, ele poderá encontra-lo no site da fábrica.

O feirão é destinado à venda de veículos novos e toda a rede está preparada para esta ação, disse Alouche. Ainda de acordo com ele, o cliente pode dar seu caminhão usado como entrada, cujo valor considerado será sempre o de mercado praticado na região. 

“Caso o cliente queira pagar o saldo num prazo de 60 meses, a taxa de juros será de 1,04% ao mês e qualquer das opções de parcelamento serve para todos os modelos produzidos pela MAN Latin America, do Volkswagen Delivery ao MAN TGX”, acrescenta. Outro detalhe é que o Banco Volkswagen poderá financiar também o implemento, porém, com taxa de 1,15% ao mês, pois a taxa de 0,99% conta com subsídio da fábrica.

Braspress

IMG 6993“A ordem é não perder negócios”, disse Roberto Cortes ao anunciar a venda de 100 caminhões Volkswagen para a Braspress. “Isso me deixa convencido de que o mercado está voltando. São indicadores macroeconômicos mostram situação positiva”, observa.

Exportação como saída

O Brasil não tem muita vocação para exportação por falta de competitividade causada pela burocracia fiscal, infraestrutura e o chamado “Custo Brasil”. Mesmo neste ambiente, a MAN Latin America conseguiu aumentar suas exportações no primeiro trimestre em 40%. Muitos fabricantes têm colocado maior empenho nas exportações, pois assim, conseguem manter as fábricas mais ativas, reduzindo a ociosidade e os custos de funcionamento. 

VW 17.280, líder de mercado na Argentina. Foto: MAN Latin America

A MAN exportou 1.747 caminhões nos três primeiros meses deste ano, contra 1.250 do mesmo período do ano passado. Os principais destinos são países da América Latina, como Argentina, México, Chile e Bolívia. A empresa comemora também a conquista de território em países da América Central, como Panamá, Costa Rica e República Dominicana. Outro dado comemorado pela MAN é o fato do VW 17.280 ter conquistado a liderança na Argentina.

 

 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).