Mercado de caminhão retrocede ao ano de 2006

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Vendas de veículos caem

Vendas de veículos caem

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou hoje (05 de março) os resultados das vendas de caminhões no Brasil relativos ao primeiro bimestre do ano. Em um clima de desânimo com atual situação do país, a entidade informou que o panorama é complexo para os veículos pesados. Segundo o presidente da entidade, Luiz Moan, o seggmento de caminhões no Brasil retrocedeu ao patamar de 2006.

Considerando somente o emplacamento de fevereiro, a queda é de 50,3% no comparativo dos meses de fevereiro deste ano e do anterior – 5,2 mil unidades versus 10,4 mil – e de 32,5% ante as 7,7 mil do primeiro mês de 2015. O desempenho acumulado deste ano está 39,4% menor: 12,9 mil unidades contra 21,2 mil licenciadas em 2014.

Segundo o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, são vários fatores que levaram ao baixo resultado nas vendas de caminhões, como a demora na definição das regras do Finame (mais a piora de suas condições, apesar de ainda boas se comparadas com as taxas de juros do mercado em geral), a perspectiva de PIB (Produto Interno Bruto) negativo, a espera pelo resultados dos ajustes econômicos, a instabilidade política, entre outros.

A Anfavea vai esperar o andamento do mercado no mês de março para fazer uma revisão das previsões deste ano, porém, Luiz Moan já adiantou que elas serão para um resultado negativo maior do que se acreditava no meio do ano. Para o segmento de caminhões, já há previsões de consultorias de uma queda de 14% em relação ao resultado de 2014, que já foi 11,7% inferior a 2013.

Entre os segmentos, o de caminhões pesados foi o que teve o pior resultado, com queda de 72,1% na comparação de fevereiro de 2015 com o mesmo mês de 2014.

 Exportações

As exportações seguem a tendência de baixa, apesar de fevereiro ter registrado alta de 22,2% em relação a janeiro: a comparação dos dois primeiros meses de 2015 e de 2014 mostra que as 2,6 mil unidades deste ano estão 11,1% abaixo das 2,9 mil do ano passado. No caso do segmento de ônibus, há estabilidade ao se comparar as 733 unidades exportadas nos dois meses transcorridos deste ano com as 746 do primeiro bimestre de 2014.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).