Com uma diferença de apenas 28 caminhões, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a Mercedes-Benz é a líder do mercado brasileiro, considerando as vendas acumuladas no ano, de 11.535 unidades e 26,27% de participação de mercado, contra 11.507 caminhões e 26,21% da MAN Latin America (somados os caminhões das marcas MAN e Volkswagen).
Porém, pelos dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a MAN ainda é a líder com 11.867 modelos emplacados de janeiro a julho deste ano, contra 11.450 da Mercedes-Benz. A fonte de informação de emplacamentos das duas entidades é a mesma, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O motivo da diferença nos números de divulgados está na interpretação dos dados coletados no órgão público.
Enviamos para Anfavea, Fenabrave, Mercedes-Benz e MAN Latin America uma pergunta sobre qual seria a explicação das diferentes interpretações dos dados do Denatran. Mas até o fechamento desta edição nenhuma das entidades ou empresas havia respondido. De todo modo há uma clara tendência de a Mercedes-Benz avançar sobre a liderança da MAN/VW se essa não tiver uma reação até o final do ano. Ambas marcas não participarão da Fenatran (Salão Internacional do Transporte 2015) por causa da crise econômica.
O presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer, falou publicamente que não haveria sentido em a empresa participar de uma grande feira, que gera altos gastos, em um momento que está demitindo centenas de funcionários. Já a MAN Latin America não chegou a fazer um comunicado público de sua ausência na Fenatran, mas as informações são confirmadas pelos bastidores. Até o final de agosto, apenas Volvo e DAF estavam confirmadas para o evento. Em compensação, essas duas fabricantes terão estandes maiores e em localização privilegiados no Parque de Exposição do Anhembi, em São Paulo. Inclusive, essas marcas já garantiram esse privilégio para a Fenatran de 2017.
O evento também contará com uma grande participação dos fabricantes de implementos rodoviários, como Noma do Brasil e Randon, e massiva de fornecedores de peças, acessórios, serviços e demais suplementos para os transportadores.
