scania4

Quando a Scania mostrou a sua nova geração de caminhões na IAA de 2016 (Salão de Hannover), todos nós já sabíamos que ela chegaria no Brasil. A questão era quando? Agora sabemos. Os primeiras caminhões e o cronograma de lançamento já foram apresentados no último dia 2 de agosto. A quantidade de informação sobre a nova geração é muito grande, portanto, vamos apresentar aos poucos aqui no site, em notas mais curtas, e em análise mais profunda na revista impressa, que pode ser encontrada nas principais bancas de jornais e revistas do país ou na banca virtual do UOL. A Scania vai abrir a carteira para pedidos a partir da última semana de outubro e os clientes se preparem para abrir a conta bancária, pois os novos modelos vão custar de 10% a 15% mais caros do que a geração atual. E como a quantidade para o mercado nacional é baixa (70% da produção da fábrica de São Bernardo do Campo,SP, é para exportação), não há motivo para a Scania dar descontos. A fabricação dos novos modelos começa em fevereiro. Veja as primeiras informações sobre os novos Scania

Veja outros fatos que marcaram a semana:

>>> A Lat.Bus Transpúblico foi o principal evento de transporte de passageiros de 2018. A maioria dos fabricantes de chassi escolheu a feira para lançar as suas novidades, mas poucos construtores de carrocerias estiveram presentes. O destaque, como era de esperar, ficou com o Grupo Marcopolo. A empresa lançou a nova geração do Marcopolo Paradiso New G7. A empresa entende que ainda é cedo para lançar a geração 8 e acredita em uma continuidade do G7 com diversos melhoramentos em estética e conforto para os passageiros. Ela também renovou o modelo de micro-ônibus Senior, como elementos estéticos que lembram o New G7 e um pequeno ganho de PBT.

>>> A Volare apresentou como será daqui em diante suas famílias de micro-ônibus. Os modelos mais robustos vão ter o nome de Attack. Os mais sofisticados Fly. Além do inovador Access e a versão eAccess. O diretor de negócio Volare, João Paulo Ledur, o JP, explica tudo em entrevista para a edição 176 da TRANSPORTE MUNDIAL, logo nas principais bancas de jornais e revistas do país e na banca virtual do UOL. 

neobus mega 4
Neobus New Mega. Foto: Neobus/Julio Soares

>>> A Neobus apresentou o urbano New Mega. Ele tem novos conjuntos ópticos dianteiro e traseiro que são mais fáceis de serem trocados em caso de quebra. O novo modelo conta ainda com novos espelhos retrovisores, tomadas de ar de teto com novo formato e sistemas de fixação e vedação de fácil acesso e manuseio para os usuários. O sistema de refrigeração foi redesenhado para garantir, para o passageiro, maior eficiência e, para o operador, agilidade na manutenção.

37777257 1640907782701295 2852725017534267392 n

>>> Há muita especulação sobre a Ford Caminhões, como uma possível venda da operação brasileira para a DAF etc, mas este assunto só está nos bastidores e a Ford desmente. Na mídia nos Estados Unidos também há divulgação sobre a desaceleração dos investimentos da marca em todos os países do Hemisfério Sul, ficando focada apenas nos Estados Unidos e Europa. Nesses últimos dias, bombou nas redes sociais o lançamento de um novo cavalo mecânico que será mostrado na IAA em setembro. Trata-se de um caminhão desenvolvido pela joint-venture entre a Ford Trucks e a Koç (grupo empresarial turco) que formou a Ford Otosan. Esse projeto não tem nada a ver com a Ford Caminhões no Brasil. O novo Ford realmente ficou muito bonito, até mesmo, porque se de propósito ou não, ele lembra muito o Volvo FH. 

>>> Até parece pirraça dos embarcadores contra a greve dos caminhoneiros, mas  a propagada corrida em busca de frota própria parece puro balão de ensaio.  Executivos das fábricas de caminhões apostam que é apenas uma jogada política, pois, a produção de caminhões pesados está totalmente vendida desde antes da greve. Embarcadores, principalmente do agronegócio, revoltados com a tabela de frete mínimo, estão dizendo que vão comprar caminhões para ter a frota própria para ficarem independentes dos caminhoneiros autônomos. Os vendedores de caminhões acreditam que isso é para fazer pressão contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso Nacional contra o tabelamento. A ação também é para colocar medo nos caminhoneiros. Mas, quando agricultores e industriários verem o quanto é trabalhoso e custoso ter uma frota de caminhões, principalmente pela falta de mão de obra qualificada, vão achar a tabela de frete até com preço razoável.

 

 

Compartilhar
Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).