Recentemente, a Mercedes-Benz introduziu uma série de tecnologias de segurança ativa em sua linha de ônibus rodoviário O-500. TRANSPORTE MUNDIAL avaliou esses sistemas no chassi O-500 RS 1836 4×2 encarroçado ao modelo G7 da Marcopolo.

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Apresentado ao mercado durante a FetransRio, no final do ano passado, as tecnologias da Mercedes vão oferecer mais segurança aos passageiros. Algu­mas delas, devido à diferença que pode fazer na segurança de trân­sito, serão obriga­tó­rias em ônibus europeus a partir do ano que vem.

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É o caso do AEBS (Ad­­vanced Emergency Braking System) ou Sistema de Frenagem de Emergência. Consiste em um sensor montado na parte frontal da carroceria, logo acima da placa, que faz a leitura da distância do veículo que estiver à frente do ônibus. Com base nessa leitura, ele é capaz de controlar a velocidade do veículo, chegando até a freá-lo completamente se averiguar risco de colisão. Esse sistema é capaz de agir mesmo se o ônibus estiver a uma distância de 200 m do veículo que estiver à frente.

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Se o sistema perceber que a velocidade do ônibus não condiz com a do trânsito – sinais de desatenção do motorista – emite alerta sonoro e visual no painel de instrumentos e se nenhuma ação for to­mada, é feita a frenagem parcial, mas se ainda assim nada for feito, ele freia o veículo totalmente e de maneira segura. Importante ressaltar que essas decisões são feitas em frações de segundos. Se o motorista intervir, como acionando o freio, por exemplo, o sistema entende que o condutor está atento e devolve a ele o total controle do veículo.

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O segundo sistema que a grife da estrela coloca à disposição do frotista leva a sigla LDWS (Lane Departure Warning System) ou Sistema de Aviso de Faixa. Trata-se de uma ferramenta que detecta a posição do ônibus em relação às faixas de rolagem tanto do lado direito como esquerdo. Por meio de uma câmera instalada no para-brisa, ele detecta a posição do ônibus em relação às faixas.

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Se o motorista invadir algum dos lados, sem ter acionado a seta, o sistema entende que há desatenção e imediatamente emite um aviso sonoro e visual no painel de instrumentos e, além disso, opcionalmente, pode ser instalado pelo encarroçador um alerta por vibração do assento do motorista. Com isso, o assento vibra do lado da faixa que o ônibus estiver invadindo. O LDWS funciona a uma velocidade a partir de 60 km/h, mas se o frotista quiser aumentar ou baixar a velocidade é possível programar.

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Na ponta do lápis

Com o objetivo de incrementar os diferenciais tecnológicos da família O-500, a Mercedes, dentro desse pacote de soluções, oferece o TPMS (Tyre Pressure Monitoring System), o Sistema de Monitoramento da Pressão e Temperatura dos Pneus. Essa ferramenta que, como o nome sugere, por meio de sensores montados próximos a cada um dos bicos de ar dos pneus, informa ao condutor sobre a situação de cada pneumático.

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O sistema, inédito em veículos comerciais no país, oferece como vantagens a segurança na estrada, pois o condutor está a par em tempo real da situação dos pneus, mas também sobre a possibilidade de aumentar a vida útil dos pneus graças a esse monitoramento, logo, melhorar o consumo de combustível. Vale destacar que o pneu é o segundo maior custo da frota, sendo o primeiro o combustível.

A reportagem completa sobre o ônibus Mercedes-Benz você confere na edição 161 da Revista TRANSPORTE MUNDIAL