O frete está defasado!

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A NTC&Logística, através do DECOPE (Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos) realizou pesquisas com mais de 300 empresas do segmento de transporte de cargas rodoviárias e com o CONET (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado) e indicou que o frete praticado atualente está defasado em 10,14% em relação ao custo efetivo da atividade.

Além disso, 80% dos empresários ouvidos consideram que a situação das empresas piorou em relação ao ano passado. O aumento dos custos, queda nos negócios e a diminuição do frete, são alguns dos fatores apontados por eles como principais responsáveis pelo quadro atual.

De acordo com a NTC, a defasagem no frete tem sua origem tanto no acúmulo das defasagens quanto na inflação dos insumos que compõem os custos, sendo o combustível e a mão de obra, os que mais pesaram na conta. Outros fatores influenciam nessa conta, como as restrições à circulação nos centros urbanos, infraestrutura precária e crédito pouco acessível para capital de giro, entre outros.

“O empresário precisar estar ainda mais atento aos custos em momentos de crise econômica, pois as armadilhas são grandes com a ilusão de se destacar da concorrência. É importante lembrar que, quanto menor o volume de carga, maior o custo a ser diluído nesse fluxo. A fórmula de descontos não se sustenta em longo prazo”, explica José Hélio Fernandes, presidente da NTC.

Por fim, o estudo aponta que 79% dos entrevistados não recebem o frete em dia, ou seja, com o atraso dos pagamentos, os juros dos empréstimos ou das contas a pagar tendem a complicar a situação das empresas.