Após receber mais recheio em 2016, o Peugeot Partner ficou mais equipado para encarar os furgões da concorrência no segmento. É que, além de contar com poucos concorrentes no mercado brasileiro, o Partner possui características e preço que podem ser interessantes para quem busca um veículo deste tipo.

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Ocupando a última colocação entre os quatro únicos furgões em sua categoria no ranking de emplacamentos da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que conta também com os modelos Fiat Fiorino, Renault Kangoo e Fiat Doblò, o Partner manteve sua essência (design externo e interno). Porém, o furgão tem pontos fortes que podem contar muitos pontos a seu favor na hora das vendas, como a maior capacidade de carga da categoria, de até 800 kg ou 3.000 litros, contra 650 kg ou 3.100 litros do Fiorino; 800 kg ou 2.800 litros do Kangoo e 620 kg ou 3.200 litros do Doblò Cargo.

Em busca do líder Fiorino, que chega a obter mais de dois terços do mercado de furgões pequenos, o Partner quer surpreender também por sua motorização. Debaixo do capô, o modelo conta com propulsor 1.6 16V, que entrega 113 cv de potência e torque de 15,5 mkgf a 4.000 rpm; superior, por tanto, ao motor Evo 1.4 de 88 cv e torque de 12,4 mkgf da concorrente.

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Na cidade

Podendo desempenhar seu papel em rotas urbanas ou rodoviárias de curtas distâncias, o Partner pode ser descrito como um furgão agradável de se guiar em todas as situações on-road. A direção hidráulica não é exatamente leve, como outros veí­culos da Peugeot, mas cumpre a função de tornar as manobras mais fáceis.

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Sua suspensão, apesar de absorver de forma seca os impactos, se mostra adequada nesta categoria, já que é bem resistente a buracos e obstáculos e, portanto, boa para veículos de cargas. O que mais impressiona no utilitário, sem dúvidas, é a sua força, que torna a direção facilitada e mais prazeirosa, fazendo com que o motorista não recorra constantemente à mudança de marchas.

Motor e câmbio trabalham em boa harmonia, e o resultado disso é uma transmissão bem escalonada, que proporciona trocas precisas e níveis de ruído suportáveis no interior da cabine. Para o teste da TRANSPORTE MUNDIAL, o veículo foi carregado com 300 kg de carga, cerca de 40% de sua capacidade, e se manteve ágil mesmo em trechos mais íngremes.

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Seus freios, a disco na dianteira e tambor na traseira, também se mostraram eficientes, sem demonstrar sinais de fadiga ou dificuldades, mesmo quando acionados em situações mais bruscas ou de emergência.

Mãos à obra

Como um utilitário deve ser um facilitador na hora do trabalho, o compartimento de cargas do Partner se mostra um aliado. Com duas portas e cheio de ganchos internos, a tarefa de carga e descarga se torna descomplicada. Outro ponto a favor do francês, é que sua porta traseira possui abertura de 90º ou 180º de série, que conta com dispositivo de bloqueio, visando a segurança; o mesmo acessório é oferecido como opcional no Renault Kangoo, porém com o acréscimo de R$ 1 mil no preço.

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Hoje, trabalhar em um furgão pequeno é uma tarefa muito mais agradável do que já foi no passado, graças ao ar-condicionado, que o Part­ner traz de série, ou vidros e travas elétricos, que são opcionais.

Mesmo com aspecto simples, o painel de instrumentos é de fácil leitura, mesmo à noite, e traz o necessário para o andamento da operação. Regulagem de faróis é oferecida apenas nos modelos franceses. Obrigatório no Brasil, todos os veículos contam com airbags frontais e freios do tipo ABS, que impedem o travamento das rodas. No interior, há pouco espaço para ajustes dos bancos, mas o espaço é suficiente para pessoas de maior estatura. 

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Com alguns atributos tão ou mais competitivos que a concorrência, o Partner se mostra robusto, preparado para qualquer tipo de operação urbana, capaz de tornar sua rotina mais confortável e por um preço mais atrativo.