Rely – Uma típica chinesa

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Rely

Rely

A Rely é, em todas as suas versões, uma pequena picape versátil para quem opera com o transporte de mercadorias nas regiões urbanas, graças às suas dimensões mais estreitas, que compõem também o seu desenho. Possui 4 356 mm de comprimento, 1 603 mm de largura e 1 894 mm de altura.

Típico chinês, o veículo foi desenvolvido para atender algumas variedades de necessidades, pois, além da versão com cabine simples, há também a com cabine estendida e dupla, porém, com a mesma plataforma construtiva em comum. A Rely possui motor DOHC de 4 cilindros em linha, de 16 válvulas, 1.0 litros a gasolina. Trata-se de um motor que entrega 64 cv a 6 000 rpm de potência, e 8,97 mkgf a 4 500 rpm de torque  – razão de ser um veículo adequado para quem transporta volume de baixo peso.

Apesar da pouca potência, deve-se considerar que a caixa de 5 velocidades é eficiente, e graças às trocas manuais precisas, atende com eficácia às solicitações do condutor.
A suspensão dianteira é independente tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores de dois cursos. Na traseira, o eixo é rígido com feixe de molas e amortecedores cilíndricos de dois cursos. Os freios dianteiros são a disco, e os traseiros, a tambor.

A versão avaliada pela Transporte Mundial não estava equipada com airbags e ABS, pois havia sido importada antes da lei entrar em vigor, contudo, segundo a assessoria de imprensa da marca, os próximos lotes virão já equipados com ambos os sistemas.
 
O seu preço R$ 32 990 (versão cabine simples) também o torna convidativo para atender a demanda de pequenos comércios, por exemplo.

Todos a bordo

Por se tratar de um veículo pequeno – pode-se dizer um dos menores dentro da categoria picape – o acesso ao habitáculo da Rely cabine simples dispensa qualquer esforço, mesmo porque sua altura não é tão elevada. Já a bordo ela é mais estreita, pois o encosto do banco está próximo à parte de trás da cabine, no entanto, por ser um banco mais alto, não compromete tanto a movimentação das pernas.

A visibilidade é boa, não só pela altura mais elevada do veículo, mas também pela ampla visão dada pela amplitude do para-brisa e os poucos pontos cegos, graças às linhas retas da parte lateral da cabine e seu formato estreito. Os retrovisores também favorecem a boa visão.

De série, o veículo traz ar-condicionado e direção hidráulica, esta ainda um pouco pesada para os padrões brasileiros. O painel é simples, sem nenhum rebuscamento, e é construído em plástico rígido.

Mãos ao volante

A Rely não figura entre os veículos ágeis, sobretudo nas operações em que se colocar peso. Na avaliação aferida pela Transporte Mundial, colocamos 400 kg de carga (sua capacidade de carga é de 780 kg), suficientes para saber que nos pontos mais íngremes das ruas do ABC as retomadas eram necessárias. Nesse caso, em 2ª marcha a 40 km/h a rotação ia a 3 000 rpm, razão de a Rely ser uma alternativa barata para o transporte de volume como  os de floriculturas, por exemplo.

Mas no dia a dia do tráfego urbano, o carro, nas retas, responde às solicitações do pedal. A uma velocidade média entre 40 km/h e 50 km/h, basicamente rodando em 2ª e 3ª marchas entre 2 000 e 2 500 rpm, os 65 km percorridos resultaram no consumo de 11,78 litros de gasolina, fazendo uma média de 5,52 km/l.