TGX 28.440 foi o segundo MAN ‘made in Brazil’

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Seguindo a série Baú da TRANSPORTE MUNDIAL, você confere o lançamento do MAN TGX 28.440 no Brasil, capa da edição 118 da revista, em 2013. Confira matéria da época abaixo:
 

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Depois do MAN TGX 29.440 6×4 (indicado para bitrem e rodotrem), a MAN lançou o TGX 28.440 6×2 para o transporte rodoviário de médias e longas distâncias atrelado a semirreboque e PBTC 48,5 t e 53 t. Na época, o segmento representava 47% da demanda por caminhões cavalos-mecânicos. 

Na faixa de potência do MAN TGX 28.440 (de 440 cv), existem como concorrentes o Mercedes-Benz Actros 2546 (456 cv), o Volvo FH 460 (460 cv e o mais vendido entre todos os pesados em 2012), o Scania R 440 (440 cv e então líder de mercado) e o Stralis 600S44T (440 cv). Ou seja, o MAN TGX 28.440 entrava em um segmento disputadíssimo, em que todos contam com cabinas espaçosas e opções de transmissão automatizada (alguns somente automatizada e outros automatizadas de série e manual como opção).

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No caso do TGX, a transmissão automatizada de série é a MAN TipMatic, fabricada pela ZF, de 16 velocidades em razão da topografia brasileira. Na Europa, esse mesmo modelo usa caixa de 12 marchas, mas não há dúvidas de que a opção pelas 16 velocidades para o Brasil foi acertada, podendo resultar em melhores médias de consumo de óleo diesel.

A caixa TipMatic conta com o sistema EasyStart, que auxilia a partida em rampa, característica técnica que também era oferecida pelas transmissões da concorrência, como a da Mercedes-Benz Powershift e a Opticruise, da Scania. O EasyStart, como os sistemas das demais marcas, mantém o freio de serviço acionado por até dois segundos após o pedal de freio ter sido desacionado. Com isso, o veículo parte em rampa de modo seguro, sem o risco de descer e causar acidente. 

Assim, como em todos os caminhões rodoviários de todas as marcas, com exceção de alguns modelos da linha Volkswagen Constellation, como o 24.280, a tecnologia de controle de emissões adotada pela MAN para o motor do TGX é a SCR  com tanque adcional para o agente Arla 32.
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Para o conforto na hora de dormir, a cama do TGX tem 2,20 m de comprimento e 79 cm de largura. Segundo a Mercedes-Benz, a cama do Actros tem 1,95 m de comprimento e 70 cm de largura, menor do que a do MAN, porém, a Mercedes afirma que o colchão da sua cama conta com molas independentes, oferecendo melhor anatomia ao motorista e maior conforto. Além disso, o colchão do Actros conta com cabeceira ajustável por meio de amortecedores a gás e com acesso aos controles do rádio, iluminação, teto solar e ar-condicionado noturno (que não precisa do motor ficar ligado para funcionar).

Há três anos no mercado brasileiro, o TGX 28.440 (ano 2013) custa a partir de R$ 248 mil no mercado de usados e seminovos.  

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).