Transporte Mundial conhece ações da Scania na Suécia

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A TRANSPORTE MUNDIAL está na Suécia conhecendo os resultados de diversas soluções da Scania para o transporte de cargas e pessoas. Todas as ações têm dois focos: sustentabilidade ambiental e econômica.

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A Scania entende que os grandes embarcadores estão cobrando mais responsabilidade das transportadoras e, por isso, ela precisa ajudar as empresas de transporte, clientes dela, a atender essas demandas, inclusive, tendo o próprio transporte (das peças, caminhões e ônibus, e dos próprios funcionários) como exemplo.

A seguir um resumo do que foi visto aqui e nos próximos dias vamos apresentar esses temas com maior profundidade. Também, na revista, publicaremos uma reportagem com cases exclusivos sobre uma transportadora laboratório.

Nova Cabine

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A cabine apresentada no último Salão de Hannover, que também deu a origem à série S, não vai chegar ao Brasil este ano mas, talvez,no próximo ano. A empresa não estipulou um prazo e explicou que o demorado é a logística de mudar a produção da cabine atual para a nova. Mesmo aqui na Suécia, a substituição da cabine atual pela nova em toda gama ainda levará um ano e meio. A maioria dos modelos na Europa ainda continua sendo vendida com a cabine atual.

Combustíveis Alternativos

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Assim como os demais fabricantes europeus, a Scania trabalha com diversas alternativas e acredita que cada uma será adequada para cada país em razão de custos e capacidade de fornecimento de combustíveis. Mas as opções continuam as mesmas: biodiesel, etanol, gás (natural, metano e liquiefeito), além de motores híbridos e elétricos. Para o Brasil, as apostas são no gás biometano e no biodiesel. O etanol, por incrível que pareça, é caro para ser usado no transporte.

Para o transporte urbano de passageiros, a Scania aposta na eletrificação, por enquanto na Europa, e apresentaremos o projeto dela na TRANSPORTE MUNDIAL. Para o Brasil, a empresa acredita no gás biometano, projeto já apresentado por nós. A eletrificação em algumas cidades brasileiras será possível,  mas ainda levará tempo.

Conectividade

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No final do ano passado, a Scania lançou o serviço de conectividade no Brasil. Aqui, esse serviço existe desde de 2002 e já são 250.000 caminhões conectados. Alguns resultados já começam a ser colhidos, mas ainda há muitos desafios. A fabricante aposta que muitos benefícios ainda serão descobertos pelos transportadores, como redução de paradas para manutenção, melhor aproveitamento das viagens e da frota. Atualmente, quase metade das viagens dos caminhões é feita com o veículo sem carga ou com pouca carga.

Transportadora Laboratório

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A Scania criou uma transportadora para testar os seus serviços e conhecer todos os resultados de uma empresa de transporte modelo. Os resultados são surpreendentes e vamos apresentar todos eles na revista. E o modo de operação desta transportadora modelo pode ser replicado em qualquer outra transportadora.

Caminhões Autônomos

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Os testes da Scania na Suécia são em ambientes controlados, dentro de uma mineradora, inclusive, um caminhão está sendo testado dentro de uma mina no Brasil.

A curto prazo, a empresa aposta nos caminhões autônomos nesses ambientes, como minas, portos, interior de indústrias e fazendas agrícolas.

Para rodovias, a curto prazo, a empresa aposta nos comboios conectados, quando o motorista do primeiro caminhão conduz outros seis atrás, como em uma composição de trem. Porém, cada caminhão fica uma distância de 11 metros um atrás do outro. Os caminhões atrás precisam ter os motoristas, mas eles ficam lá só para operações específicas, emergência e para quando o comboio é desfeitos.

Curiosidade

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Scania e Volvo, como era de esperar, dominam o mercado na Suécia, mostrando que bairrismo existe em qualquer lugar. O curioso é que ambas têm exatamente a mesma participação de mercado: 42% cada uma. Os 6% restante são divididos entre as demais marcas europeias. O mercado total de caminhões sueco é de 6 mil unidades por ano.

Todos os temas acima ainda têm muitos desafios a serem vencidos antes de serem implantados em larga escala, como questões regulatórias dos governos de cada país e o madurecimento dessas próprias tecnologias.

Nos acompanhe no site e na revista que vamos acompanhar, investigar e aprofundar sobre todos esses assuntos que vão mudar e melhorar a maneira de se fazer transporte no mundo e no Brasil.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).