O uso de ônibus elétricos no transporte público é o que tem maior possibilidade de crescer por duas razões. Primeiro, pelos benefícios imediatos como a redução de ruídos e emissões de gases poluentes. Segundo pela maior facilidade de transferir a conta para os usuários, seja por meio da tarifa, seja por meio dos impostos quando o serviço é subsidiado pelo poder público.
E como é crescente o interesse por mobilidade mais limpa nas cidades, essa é uma tendência em todo o mundo. No Brasil, a cidade mais recente a participar dessa onda é Uberlândia, cidade mais rica do Triângulo Mineiro.
A empresa São Miguel, que atua no Sistema Integrado de Transportes (SIT) de Uberlândia acaba de encomendar oito ônibus 100% elétricos à chinesa BYD. Serão do modelo D9A com carroceria Caio Millenium que serão produzidos na fábrica de Campinas (SP). A entrega está prevista para o final de novembro deste ano.
Os valores da operação não foram revelados, mas a própria indústria comenta nos bastidores que um ônibus elétrico custa de 200% a 300% mais caro que versão similar a diesel. Porém, dizem que, devido ao menor custo operacional, o maior investimento inicial é pago em até sete anos. Também há o benefício para a saúde público devido à redução de poluentes caso os elétricos não rodem dividindo espaço com a frota antiga de caminhões, automóveis e motocicletas.
Potência e autonomia
O chassi D9A foi desenvolvido para aplicação urbana e rodoviária com carrocerias de até 13,2 metros modelo piso alto. Ele possui suspensão pneumática dianteira e traseira e freios a disco regenerativos com sistema ABS nas rodas dianteiras e traseiras.
Os dois motores elétricos são acoplados às rodas. Cada um tem potência de 150 kW (equivalente a 203,9 cv), que nos dois eixos somam 300 kW (407,8 cv).
O vice-presidente de vendas da BYD, Vagner Rigon, afirma que “o tempo de recarga completa na garagem é de aproximadamente quatro horas e, em média, dependendo das condições operacionais, a autonomia das baterias é em torno de 300 quilômetros.”
A inclusão de veículos elétricos no rol daqueles utilizados pela São Miguel em Uberlândia, explica o diretor operacional, André Duarte, marca o início de um projeto da empresa para substituir gradativamente a frota abastecida por combustível fóssil.
Cumprindo um ciclo totalmente sustentável, os ônibus utilizarão energia 100% limpa e renovável. Isso porque a São Miguel irá construir, em parceria com a BYD, uma planta de painéis fotovoltaicos para garantir o abastecimento dos ônibus.
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