Cresce o interesse dos frotistas por veículos de carga elétricos para aumentar a contribuição na redução das emissões de CO₂ nas cidades (emissão local). No mês de agosto, por exemplo, a Citroën no Brasil vendeu 83 unidades em apenas um mês do primeiro veículo elétrico da marca, o ë-Jumpy. 

 Os índices foram favoráveis no acumulado do ano, em comparação com o mesmo período de 2021, e também no mês de agosto com relação a julho. Os números do último mês mostram o resultado da estratégia de eletrificação da Citroën no Brasil com o ë-Jumpy: no segmento de VUL (Veículos Utilitários Leves), das 300 unidades da linha Jumpy vendidas, 83 correspondem à sua versão elétrica, atingindo o segundo melhor volume do ano no segmento. 

Em agosto a indústria, de modo geral, apresentou crescimento de 15% nos emplacamentos. Foram registrados 195.030 veículos ante as 169.634 unidades vendidas em julho. Acompanhando essa evolução, a Citroën emplacou o terceiro maior volume do ano em agosto e cresceu 138% comparado ao mês anterior. 

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Grandes embarcadores e empresas de e-commerce estão apostando no marketing de sustentabilidade ambiental e nos futuros resultados operacionais que os fabricantes de veículos elétricos de carga prometem gerar em um futuro de médio prazo. Depois da pioneira BYD ter lançado o furgão eT3, seguida da JAC com o iEV750V, agora chegam a mercado mais duas opções das marcas do Grupo Stellantis: Citroën Ë-Jumpy e o Peugeot e-Expert, ambos ofertados, inicialmente, pelo mesmo valor de R$ 329.990. Segundo a Fipe, o Peugeot Expert a diesel está sendo comercializado por R$ 132.964. 

Mesmo custando mais caro, empresas como AmBev, Mercado Livre, Nespresso, Coopercarga, RTE Rodonaves, DHL, entre outras, pagam mais para ter um transporte mais sustentável. Isso já é realidade no Brasil com base no crescimento de frotas que prestam serviços para essas com os modelos da BYD, JAC e VWCO. De forma direta, os novos furgões elétricos Ë-Jumpy e e-Expert contam apenas com um concorrente, o BYD eT3.  

Potência e autonomia   

O e-Expert e Ë-Jumpy são o mesmo carro, diferenciado apenas os logos e alguns detalhes visuais de acabamento. No restante, as diferenças ficam por conta da qualidade dos serviços prestados pelo concessionário no qual o veículo for comprado.

Como base na plataforma modular de multienergia EMP2, o modelo conta com bateria incorporada abaixo do assoalho para não comprometer Os utilitários chegam ao mercado brasileiro em versão única, com conjunto de baterias de íons de lítio de 75 kWh e OBC de 11 kW trifásico, capaz de garantir até 330 km de autonomia em consumo de ciclo urbano no Brasil, segundo INMETRO. 

Em linhas gerais, 330 km são suficientes para que o veículo faça o trabalho de uma jornada de trabalho dentro de qualquer cidade brasileira, já que a atividade de furgões conta com muitas paradas para carga e descarga. Segundo a fabricante, 80% da recarga da bateria pode ser feita em até 45 minutos. 

O motor elétrico gera 136 cavalos de potência (100 kW) e 260 Nm de torque imediato. O modelo dispõe de três modos de condução: “Eco”, voltado para o consumo de energia; “Normal”, para um melhor compromisso entre autonomia e performance; e “Power”, que prioriza o desempenho utilizando o máximo de potência e torque. 

Qualidade para o motorista

O visual da versão 100% elétrica é basicamente o mesmo dos demais integrantes da linha Expert e Jumpy. Externamente, a mudança está na introdução do ponto de recarga e na lateral esquerda da carroceria um monograma que identifica a versão elétrica, posicionado à esquerda na porta traseira.

Assim, como para qualquer veículo elétrico, os benefícios dos elétricos de baixa emissão existem apenas se a produção da energia também for de forma sustentável, como solar e eólica. Estudos da Volvo apontam que um carro elétrico recarregado com energia produzida por usina térmica ou geradores de energia com combustível fóssil pode poluir até 40% a mais do que um veículo a combustão.

Além dos benefícios já bastante conhecido dos veículos elétricos, como baixa emissão (da construção ao fim da vida útil e zero emissão durante o uso), baixo ruído (fica apenas do atrito da carroceria com o ar e dos pneus com o piso) e ausência de vibração, o maior benefício para empresa é na melhoria de qualidade de trabalho do motorista. 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).