Os caminhões seminovos e utilitários de carga seminovos mais valorizados pelo mercado receberam o Selo Maior Valor de Revenda. O reconhecimento considera veículos com até três anos de uso e apontou que o índice de valorização de certos modelos pode superar 50%.
Os dados de base para um modelo receber o Selo Maior Valor de Revenda (SMVR) de veículos comerciais seminovos são da pesquisa de mercado coordenada pela Autoinforme. A agência promove a certificação anualmente.
O Mercedes-Benz leve Accelo 1016 foi o caminhão seminovo com até três anos de uso com maior valorização. Segundo o levantamento, a alta chegou a 50,8%. Assim, o veículo se destacou entre todos os modelos pesquisados.
Outro Mercedes-Benz seminovo bem cotado no mercado é o Accelo médio 1316. A valorização do modelo chegou a 49,4%. E entre os semipesados, o mais valorizado é o Volkswagen Constellation 24.280 seminovo, com alta de 41,4%.
Kia Bongo K2500 é a camioneta seminova com maior valorização
Entre os utilitários, o destaque ficou com a camioneta Kia Bongo. O veículo atingiu 48,3% de valorização. Esse foi o maior índice da categoria, que já havia sido conquistado pelo modelo em 2021.
O Selo de Maior Valor de Revenda certificou 11 veículos, entre caminhões e utilitários com até três anos de uso mais valorizados. A pesquisa analisou 99 modelos (82 de caminhões e 17 de utilitários). Desse total, somente quatro não obtiveram índices positivos de valorização.
Caminhões pesados seminovos foram subdivididos por potência
Também obtiveram valorização expressiva os seminovos Scania G450, com 21,7% de alta, e o Volvo FH 540, com 24,1%. Outro caminhão que recebeu a certificação do SMVR é o Volkswagen Constellation 30.330, com 38,8% de valorização.
A partir desse ano, o Selo Maior Valor de Revenda segue uma nova classificação para os veículos. O diretor da Agência Autoinforme, Joel Leite, disse que os caminhões pesados foram subdivididos em modelos de até 400cv de potência; de 400 a 500cv e, por fim, acima de 500cv. A mudança se às diferenças de aplicações e de faixas de preços, conforme explicou.
Os utilitários mais valorizados
Além da Camioneta de Carga Kia Bongo K2500, utilitários seminovos de outros três fabricantes apresentaram valorização alta. O Furgão de Carga Renault Master atingiu índice de 37,7%, a Furgoneta de Carga Fiat Fiorino Furgão, 19,9% e o Minibus Mercedes-Benz Sprinter Van 516, 28,7% de valorização.
Como é formado o índice de valorização
O índice de valorização tem como critério comparar os preços médios dos veículos zero quilômetro que eram praticados em julho de 2020 com os dos os modelos correspondentes com três anos de uso até junho de 2023.
De acordo com Joel Leite, a pesquisa para a edição deste ano, a nona do SMVR, os veículos foram organizados em nove grupos diferentes: cinco de caminhões e quatro de utilitários.
Os caminhões seminovos foram separados em Semileves, Leves, Médios, Semipesados e os Pesados em subgrupos de até 400cv, de 400 a 500cv e acima de 500cv. Já os utilitários foram separados em Camioneta de Carga, Furgão de Carga, Furgoneta de Carga e Minibus.
Os seminovos mais valorizados em nove edições da certificação
Em nove anos de realização do Selo Maior Valor de Revenda, veículos Mercedes-Benz venceram em 29 vezes, entre caminhões e utilitários da marca. A fabricante ficou com o título de campeã geral em oito edições.
Na opinião do responsável pelo estudo do SMVR, Luiz Cipolli Junior, os resultados obtidos pela Mercedes-Benz se devem especialmente aos serviços pós-venda oferecidos pela montadora. Ele lembrou da importância da qualidade do produto na valorização dos veículos.
A Volkswagen, por sua vez, foi certificada 11 vezes. Em duas delas com o veículo mais valorizado. A Renault recebeu o Selo sete vezes, em três delas com o título máximo de valorização. Por fim, a Hyundai teve um modelo da marca mais valorizado em quatro edições do SMVR, em três delas com o utilitário mais valorizado.
Fiat, Ford, Iveco, Scania e Volvo também já foram reconhecidas por seus veículos com maior valorização. No entanto, ainda não conquistaram o selo de maior valor de revenda na classificação geral.
Valorização/depreciação depende de vários fatores
Para finalizar, Joel Leite observa que a depreciação/valorização depende de vários fatores. Ele relaciona o tamanho do veículo, marca, rede de revendedores e o cuidado do fabricante em relação ao pós-vendas.
Ainda de acordo com ele, o volume de vendas e a grande aceitação no mercado também influenciam na valorização. “Nossa expectativa, sobretudo, é que a certificação possa servir de balizador para uso de fabricantes e distribuidores de veículos, administradores e proprietários de frotas, bancos, financeiras e seguradoras”, conclui.