As trapalhadas do governo com mudanças repentinas nas regras do Finame jogou o mercado de caminhões para mais ao fundo do poço. Isso, por causa da suspensão do Finame PSI no final de outubro e retorno teórico na segunda semana de novembro e término em 27 de novembro. Porém, na prática, poucos financiamentos foram liberados pelo BNDES por falta de recursos financeiros. O resultado disse foi a queda das vendas de caminhões em novembro em 18,14%. Foram emplacados 4.735 unidades em novembro contra 5.784 em outubro. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Em relação a novembro de 2014, a queda do mercado de caminhões é de 60,50%.
Em encontro com a imprensa no dia de hoje (01/12), o presidente da Ford América do Sul, Steven Armstrong, disse que a perspectiva para 2016 é que o mercado de caminhões seja igual 2015 ou pior. Segundo o executivo, 2016 será um mercado entre 68 mil e 72 mil caminhões. Em 2013, só o mercado interno, absorveu mais de 152 mil caminhões. Mesmo dentro desse cenário, a Ford Caminhões conseguiu aumentar a sua participação de mercado em mais de 4% pontos percentuais, chegando a quase 15% do total de tudo quanto é caminhões vendidos no Brasil.
Transportadores e fabricantes de caminhões e implementos rodoviários estão bastante pessimistas com relação a 2016. Uma das razões é a previsão da continuidade de queda do PIB (que representa toda a riqueza produzida por um país) em mais de 3%, o que representa a pior crise econômica da história do Brasil. Uma crise pode ser metida de duas formas: 1) pelo período que dura em trimestres; 2) pelo percentual de queda do PIB. O Brasil tem índices graves nos dois critérios, pela longevidade da crise (já dura cinco trimestres) e pela alta queda do PIB. Por isso só, já pode ser considerada a pior crise do país.