Linha Volvo 2020: FH, FM e FMX estão mais econômicos e VM com diversas melhorias na cabine

A Volvo lançou as linhas 2020 de todos os modelos de caminhões das famílias F (FH, FM e FMX) e da VM.

Nas famílias F as mudanças estão no trem de força e o foco redução do consumo de diesel. Testes feitos com frotistas apontaram consumo de 4,5% até 10% a menos. O percentual varia conforme a severidade da aplicação do caminhão. Quanto maior a carga transportada e a variação da topografia, maior o percentual.

No VM, o trabalho foi para diversas melhorias na cabine e mais relacionadas a funcionalidades e estéticas. Neste caso, segundo Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões da Volvo, muitas das alterações partiram de solicitações dos clientes.

Família F

A maior novidade fica com a mudança do software que controla a inteligência da gestão do motor e câmbio, o que a Volvo batizou de “aceleração inteligente”. Significa que a tecnologia consegue reconhecer, no momento de aceleração do caminhão, quanto isso pode ser feito com o aproveitamento da inércia (o quanto o caminhão pode ganhar embalo usando o próprio peso) e quanto precisa injetar de combustível nas câmaras de combustão do motor para alcançar a velocidade deseja no momento que o motorista preciona o acelerador ou programa no piloto automático.

Para isso, são consideradas variáveis como o peso e a inclinação da rodovia. Quanto mais peso e maior for o declive, mais o caminhão pode ganhar velocidade sem injetar combustível no motor.

“O motorista é peça-chave na redução de consumo e o acelerador inteligente ajuda a economizar. A tecnologia dá ao motorista iniciante a habilidade de um profissional experiente”, argumenta Carlos Paulin, engenheiro de vendas de caminhões Volvo.

Outras alterações foram feitas com foco em economia, como turbo com geometria mais eficiente, novas camisas e anéis raspadores de menor atrito. As mudanças permitiram o uso de novo lubrificante, o Volvo VDS 4.5. O óleo sintético com especificação 15W40 foi substituído pelo 10W30 de maior viscosidade, o que reduz o atrito e, consequentemente, consumo. 

Além disso, o óleo 10W30 tem maior durabilidade e permite aumentar o intervalo de troca em até 33%. 

Linha VM

As principais atualizações foram para melhorar funcionalidades na cabine, mas também, para tornar a aparência mais próxima da família F. Confira o que mudou:

• Para-choque tripartido: reduz custos de reparação se, por exemplo, se o dano for em um dos lados ou na parte central. Assim, o para-choque não precisa ser trocado por inteiro como antes.
• Espelho frontal maior: ele foi reposicionado mais para frente para melhorar visibilidade em manobras, principalmente em docas de carga, uma atividade comum na aplicação do VM.
• Cobertura do segundo degrau pela porta: dificultar o acesso de estranhos. Além disso, cria um espaço para que o motorista possa deixar um calçado ou o martelo de bate pneus.
• Pino de reboque: agora está mais oculto e protegido atrás da grade frontal.
• Defletor de ar: agora é ajustável e, quando bem regulado conforme o implemento, melhor o resultado na redução de consumo entre 0,2% e 0,3%.
• Novo para-sol com luzes de posição conhecidas como “três marias”, mais leve e aerodinâmico. Este item faz parte dos pacotes intermediário e topo de linha, e opcional no básico.
• Mudança na posição do reservatório de água do climatizador. Saiu de trás da cabine para atrás da grade frontal. A nova posição facilita o acesso do motorista. Além disso, segundo Alvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas de caminhões da Volvo, permite a colocação de implemento um pouco maior.
• Faróis: para facilitar a troca de lâmpadas queimadas sem necessidade de tirar o farol. Agora o acesso ao bojo do farol pode ser feito de forma mais fácil pelo motorista, bastando soltar alguns parafusos atrás da cobertura do degrau.
• Outras melhorias: os para-lamas estão mais longos, o que reduz o lançamento de sujeiras no implemento e os para-barros que passaram a ser flexíveis.

Com o lançamento da linha 2020, a Volvo também reajusta o preço dos modelos VM em cerca de 5% e dos caminhões da família F em cerca de 8%.

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