Mais cedo (em países ricos) ou mais tarde (em países pobres), todos os ônibus urbanos
serão movidos a eletricidade. A demanda por veículos com emissão zero de poluentes e silenciosos é atual, porém, as tecnologias disponíveis ainda estão em teste.

Wireless Bus 1

Um dos países que mais puxa o desenvolvimento de soluções é a Suécia e o maior desafio é comprovar a viabilidade econômica delas. TRANSPORTE MUNIDIAL já mostrou os projetos
da Volvo Bus (ver edições 155 e 159 ou em nosso site www.transportemundial.com.br).

Agora vamos mostrar um projeto da Scania em andamento desde o ano passado em Södertälje, sede da matriz da marca, e 35 km de Estocolmo, capital da Suécia. Trata-se um ônibus híbrido que funciona com carregamento sem fio (indutivo). Enquanto o veículo
está parado no ponto final, as três baterias que ficam no teto são carregadas em apenas sete minutos.

Sob a superfície fica o carregador que é ativado automaticamente quando o ônibus para
sobre ele. No modelo da Volvo, o carregamento também é feito no ponto de parada, mas pelo teto por meio de pantógrafos.

A carga no modelo da Scania é suficiente para o ônibus cumprir a rota de 10 km operando em tráfego regular urbano. A autonomia não está relacionada à tecnologia de carregamento, mas ao tipo, quantidade e tamanho das baterias.

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O ônibus tem teste pela Scania, por ser híbrido, permite que as baterias também sem carregadas durante a operação, utilizando a energia gerada pela frenagem. Outra alternativa de carregamento é por meio do uso do motor de combustão que opera com biodiesel.

Ônibus com serviços conectados

A Scania aposta em soluções inteligentes que vão além do veículo, principalmente para cidades que estão rápido crescimento. Há expectativas que até 2030 cerca de 60% da população estará morando em centros urbanos.

Wireless Bus 3

A proposta é vender o ônibus com serviços que possam fazer a cobrança automático de tarifas, gerenciamento e manutenção de frotas, e serviços de consultoria para melhorar o fluxo de tráfego, além do desenvolvimento de investimentos em infraestrutura.

A fabricante acredita que, para fazer as pessoas deixarem de andar de carro para andar de transporte coletivo, os ônibus terão que ter assentos mais confortáveis e com Wi-Fi. Além disso, uma boa conectividade entre as linhas de ônibus será necessária para que os administradores possam fazer um melhor planejamento de tráfego por meio da visualização do desempenho dos veículos e motoristas em tempo real. Assim, com o transporte coletivo mais rápido, confiável e confortável, haverá maior chance de os cidadãos trocarem o carro por ele.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).