A venda de implementos rodoviários caiu 4,41% entre janeiro e julho. A retração, apesar de tímida, é puxada pelo segmento leve. Dessa forma, nos primeiros sete meses de 2023, essa indústria vendeu 85.040 equipamentos. Enquanto que em igual período em 2022, emplacou 88.961 unidades. Os dados são da Anfir, entidade que representa o setor.
Mas quem puxa a queda nas vendas é o segmento leve. Ou seja, o de carroceria sobre chassi. No período, a indústria vendeu 7.749 equipamentos leves. Assim, apresentando queda de 14,02% em relação ao ano passado, quando o setor faturou 9.833 equipamentos.
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Contudo, em pesados, reboques e semirreboques, há crescimento de 3,97%. Ou seja, neste ano esse segmento vendeu 49.420 implementos. Enquanto que nos sete primeiros meses de 2022, foram 47.533 modelos pesados emplacados.
Projeções para este semestre
Mas com o anúncio da nova taxa de juros Selic caindo de 13,75% para 13,25%, a Anfir acredita que o ano poderá fechar positivo em vendas.
“A safra recorde e o aquecimento nas obras civis impulsionam as vendas do setor pesado”, explica José Carlos Spricigo, presidente da Anfir.
Outro fator que, segundo Spricigo, está a favor do crescimento das vendas é o implemento com 4º eixo. “O equipamento com maior capacidade de carga, atrai os clientes, pois representa mais faturamento para o transportador. O que resulta em um efeito localizado de renovação de frota. Por isso, mesmo com o recuo nas vendas de caminhões, os reboques e semirreboques registram desempenho em alta”, explica Spricigo.
Do mesmo modo, a entidade vê com bons olhos os números da construção civil. “A projeção do desempenho da construção civil é de 4,5% segundo analistas do setor”, avalia.
Dessa forma, o agronegócio e a construção civil devem continuar alavancando o crescimento do segmento de reboques e semirreboques. Para se ter ideia, o graneleiro registra variação positiva de 37,24%. Do mesmo modo, carga seca, com 28,63%.