• O super ônibus Volksbus 22.280 ODS já está nas ruas do Brasil: o veículo acaba de iniciar os testes em condições reais de operação em Curitiba (PR). Esta é a primeira etapa do programa piloto de avaliação do veículo em clientes, que se estenderá para outras cidades do país durante todo o primeiro semestre de 2021. Com a maior capacidade técnica da categoria, esse modelo pode levar 22 toneladas, o que representa cerca de 115 passageiros, e foi projetado para carrocerias de 15 metros de comprimento.

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Com recursos de outras fontes, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a BYD deram início a operação com um ônibus 100% elétrico sem custos para o estudantes, professores e funcionários da universidades.

Com recursos embutidos nas contas dos consumidores de energia elétrica, CPFL financia transporte sustentável dentro do campus da Unicamp
Com recursos embutidos nas contas dos consumidores de energia elétrica, CPFL financia transporte sustentável dentro do campus da Unicamp

A adoção do veículo BYD faz parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da CPFL Energia, Unicamp, Time Energy e Porakê, lembrando que os recursos vem meio de contas pagas pelo consumidor de energia da CPFL em geral.

Além do ônibus, o projeto também prevê um eletroposto – instalado no estacionamento da biblioteca central -, que será utilizado para recarregar a bateria do veículo. O ônibus vai operar na mesma frota dos demais circulares já existentes na Unicamp, realizando os mesmos trajetos.

Criado a partir do projeto Campus Sustentável da Unicamp, a novidade é financiada pela CPFL Energia por meio do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ou seja, com os impostos pagos pelos consumidores de energia elétrica em geral.

Intitulado “Laboratório Vivo de Mobilidade Elétrica para Transporte Coletivo na UNICAMP: Integração de Eletroposto Sustentável, Monitoramento Amplo e Conectividade em Tempo Real” o estudo vai avaliar os benefícios econômicos deste tipo de veículo, o desempenho de recarga no eletroposto e comparar os impactos ambientais em relação ao ônibus a diesel, seguindo um conceito de pesquisa chamado laboratório vivo (Living Lab).

Um sistema de monitoramento vai extrair uma série de informações relevantes como posição, velocidade, horário, aceleração, entre outros, essenciais para uma boa gestão de frota, do trânsito, de vias públicas e até o monitoramento da poluição. O projeto já recebeu investimento de R$ 3,4 milhões, colaborando com a formação de alunos de graduação, mestres e doutores da universidade. No total, o investimento será de mais de R$ 6 milhões. A previsão é que o projeto seja finalizado em outubro de 2021, mas o ônibus continuará em circulação após o fim dos estudos.

O diretor da divisão de ônibus da BYD Brasil, Marcello Von Schneider, ressalta a importância dos investimentos em P&D para a introdução e fomento de novas tecnologias no País. “Quanto mais dados e informações científicas conseguirmos apurar numa pesquisa deste porte, maior será a contribuição para a popularização de frotas eletrificadas no país”. Importantes cidades do Brasil como São Paulo, Campinas e Brasília entre outras já iniciaram o processo de eletrificação de frotas. Recentemente, a BYD Brasil também foi a vencedora de uma licitação para fornecer todos os ônibus do primeiro corredor de ônibus 100% elétrico do País, na cidade de São José dos Campos.

 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).