Com os números de emplacamentos fechados de 2020, a partir de dados do Denatran e divulgados pela Anfavea (associação dos fabricantes), vamos conhecer as marcas que mais cresceram em 2020.
Os critérios: o melhor percentual dos emplacamentos acumulados de 2020 comparado com a média do mercado de caminhões como um todo, que de queda de 11,5%. A diferença percentual mostra o desempenho da marca no ano passado. A montadora que estiver, mesmo que negativo, mas com taxa abaixo dos -11,5% pode se considerar bem-sucedida para um ano de grandes desafios. A empresa que tiver um resultado positivo, não existe crise econômica para ela, pelo contrário, está aproveitando a crise para crescer. Já, a marca que tiver um percentual mais negativo do que -11,5%, significa que ela está perdendo espaço para a concorrência. Confira:
Total de emplacamentos de caminhões
Marca |
Janeiro a dezembro |
Janeiro a setembro 2019 |
Comentário: base de comparação: -11,5% |
Iveco |
30%, com 5.064 unidades emplacadas |
Teve 3.889 caminhões licenciados em 2019 |
Nos números de emplacamentos de caminhões não estão incluídos os modelos Daily de 3.500 kg de PBT, pois a legislação enquadra essas versões na categoria de comercial leve e picapes. Percentualmente, o segmento que a Iveco mais cresceu foi o de caminhões médios, porém, a base de comparação era muito baixa, de 121 unidades em 2019 e 460 no ano passado. Em termos de volume, ela entregou mais caminhões semipesados, 1.817 Tector x 1.144 unidades no ano anterior. |
DAF |
28,7% |
29,2% |
A DAF não teve um ano que não tenha crescido. Já são 2.932 caminhões entregues, contra 2.270 unidades do ano passado |
Volkswagen |
-3,8% |
-3,0% |
Para entender o resultado da VW, primeiro é preciso lembrar que, em 2019, ela cresceu 32,1%, passando a ter uma base de comparação bastante alta, com 26.740 caminhões, foram o Delivery Express que é contabilizado como comercial leve. Assim, uma pequena queda de 3% para a marca pode ser considerado um resultado positivo para um ano de crise como 2020 |
Volvo |
-2,2% |
-9,5% |
O que puxou a queda nas vendas da Volvo foi o segmento de caminhões pesados, com redução de 12,1% em relação ao mesmo período de 2019. No entanto, ela está melhor do que a média, pois o segmento de pesados reduziu 17,6%. Já entre os caminhões semipesados, ela cresceu 7,7%, enquanto a indústria toda caiu 5,1%. |
Mercedes-Benz |
-11,0% |
-11,0% |
A Mercedes-Benz, como líder do mercado de caminhões e com crescimento de 41,6% em 2019 e 29.951 caminhões entregues, é a marca que entrou em 2020 com a maior base de comparação. Assim, trabalhar em uma crise como a deste ano, já se sabia, seria um grande resultado. E, mesmo assim, ela está mantendo um percentual melhor do que a média do mercado |
Hyundai |
-46,5% |
-19,1% |
A Hyundai concorre no mercado de caminhões apenas com um modelo, o HD 80. O HR está na categoria de picapes conforme a legislação. O HD 80 entra nas estatísticas de caminhões leves, que teve queda média de 24,4% |
Scania |
-36,2% |
-42,9% |
A Scania foi a segunda fabricante que mais cresceu em 2019 (47,8%), ficando atrás apenas da Volvo (58,3%). No entanto, este ano, é a que mais perde mercado: -42,6% em pesados e -79,1% em semipesados |
Agrale |
-87,9% |
-87,2% |
A Agrale tem focado mais em outros setores, como tratores para o agronegócio e chassis de ônibus. Em caminhões, ela emplacou cinco unidades este ano, contra 39 no mesmo período de 2019 |
Os números de emplacamentos mais detalhados podem ser conhecidos no seguinte link: Emplacamentos acumulados em 2020