Para Gerrit Marx, CEO da Iveco, norma Euro 7 em 2025 é impossível

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O CEO do Grupo Iveco, Gerrit Marx, criticou o fato de a União Europeia querer trabalhar na regulação de novos padrões de emissão Euro 7. Se aprovada, a lei passa a valer a partir de 2025.

Dessa forma, para Marx essa regulamentação é “tecnicamente inviável”. Isso porque, segundo o executivo, os esforços para alcançá-la serão enormes. Além de custosos, a indústria trabalha na tecnologia de emissão zero. Ou seja, na eletrificação a base de bateria e hidrogênio. Bem como no desenvolvimento do biogás. Combustível de origem orgânica. Portanto, renovável.

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Nesse sentido, para Marx a política adotada pela Comissão Europeia não é coerente. Ademais, segundo o executivo fica complicado discutir novos padrões Euro 7 de reduzir emissões de CO2 e trabalhar na eletrificação simultaneamente. Além de não haver coordenação. Tampouco há políticas industriais e ambientais coerentes.

Sobre as normas Euro 7

Para Gerrit Marx o padrão Euro 7, é um “absurdo”, não pelos objetivos de redução de emissões. Mas pelo pouco tempo para o desenvolvimento. 

“A Iveco tem capacidade técnica para desenvolver um motor compatível com Euro 7 para motores menores. Ou seja, veículos leves. Porém, não é correto dar um prazo tão apertado para a indústria desenvolver a tecnologia para veículos pesados. E tudo isso, em meio ao nosso compromisso de zerar às emissões”, diz o CEO da Iveco.

Em outras palavras, a Comissão Europeia terá de escolher, segundo o CEO da Iveco. “Ou continua investindo no desenvolvimento de motores de combustão interna ou foca na produção de caminhões totalmente elétricos.”

Motor a hidrogênio para descarbonização

Para caminhões ​​e ônibus, Marx pensa que o hidrogênio, um combustível renovável de emissão zero, é a única forma de garantir a descarbonização do transporte. A Comissão Europeia propôs uma redução de 90% nas emissões de CO2 até 2040 em relação aos índices de 2019. Mas não proibiu o motor térmico para veículos pesados, por ora. 

Nesse sentido, a Iveco trabalha no desenvolvimento de em um motor 80% a hidrogênio alimentado por um motor a combustão. De acordo com Gerrit , essa solução seria mais eficaz do que o Euro 7. Além disso, o hidrogênio é mais econômico em relação aos veículos elétricos com bateria a base de energia.