A produção de caminhão e ônibus terminou em alta no ano passado. E a Anfavea, associação que representa os fabricantes, acredita na manutenção desse aquecimento em 2025. Porém, de forma mais tímida.
Dessa forma, para este ano a entidade projeta o avanço de 0,2% na produção dos veículos comerciais. Em outras palavras, neste ano as fabricantes devem fazer 169,4 mil veículos. Para efeito de comparação, em 2024 foram produzidos 169 mil caminhões e ônibus.
Em vendas, para 2025, a projeção da Anfavea é que o mercado de caminhões e ônibus encerre com avanço de 1,3%. Em outras palavras, com 149.200 veículos emplacados sobre as 147.300 unidades comercializadas em 2024. Dessa forma, a Anfavea considera tanto produção como vendas estáveis.
Segundo o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas, essa projeção tem relação com a taxa de juros, que deve sair dos 12,25% atuais para 14,25%. “A compra de caminhão está associada às taxas de juros, já que grande parte dos clientes donos de frota compra a crédito. O PIB também não deve avançar muito. Mas teremos alguns setores que vão demandar a compra de caminhões e ônibus. Por isso, acreditamos no avanço de vendas e produção”, diz Freitas.
Segmentos que vão puxar vendas de caminhões e ônibus no Brasil em 2025
Para a entidade, as vendas de caminhões este ano serão garantidas pela retomada do agronegócio, bem como pelo aumento nas vendas por parte dos grandes frotistas. “os empresários compraram caminhões em 2020 para acompanhar o aquecimento ocorrido no período da pandemia. Então, agora é hora de trocar esses caminhões”, diz Freitas.
Contudo, em ônibus, o segmento urbano que em 2024 foi o mais representativo, com 11% de crescimento, deve se manter neste ano. Além dele, o Caminho da Escola vai demandar ônibus escolares, assim como o setor de fretamento deve continuar pujante, mesmo sendo o menos representativo.
“Dessa forma, deve-se levar em conta que o Programa Caminho da Escola, no ano passado, fechou em 2,5 mil emplacamentos de ônibus. Todavia, o governo colocou 7 mil pedidos e que devem ser consumidos neste ano”, acredita o vice-presidente da Anfavea.