A FlixBus, empresa de tecnologia em transporte rodoviário com potencial para ser a maior concorrente da Buser, e a Satélite Norte, empresa de transporte com atuação em mais de doze estados brasileiros, anunciam que firmaram um contrato para cooperação em rotas rodoviárias de passageiros.
Seguindo o modelo de negócio da ‘startup’ alemã no Brasil, toda a tecnologia e ferramentas de precificação, ‘marketing’ e vendas, inteligência de rotas e expansão contínua de produtos serão realizadas pela FlixBus. A operação, gerenciamento de qualidade e a realização do serviço de transporte, com todas as licenças governamentais para transporte regular de passageiros, ficarão sob a responsabilidade da Satélite Norte.
A nova parceria visa conectar os passageiros entre São Paulo, Goiânia e Brasília, passando por Campinas, Limeira, Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Anápolis e Taguatinga. “Estamos muito felizes em seguir com o nosso projeto de expansão pelo Brasil.
A chegada da Satélite Norte na FlixBus reforça o nosso propósito de oferecer aos nossos passageiros uma experiência diferenciada em suas viagens, com conforto, tecnologia e preços acessíveis. Queremos revolucionar o transporte rodoviário de longa distância por meio da tecnologia”, destaca Edson Lopes, diretor-geral da FlixBus no Brasil.
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São Paulo tem repetido índices históricos de falhas na segurança pública, pelo menos, quando o assunto é roubo de cargas. Conforme a pesquisa anual divulgada pela assessoria de segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), foram constatados 14.400 casos de roubo de cargas no Brasil, 40% em São Paulo em 2021. Segundo os dados do Produto Interno Bruto — PIB do 4.º trimestre no Estado de São Paulo, apurados pela Fundação Seade, a economia paulista avançou 5,7% em 2021. Dessa forma, a evolução da economia de São Paulo é muito superior à eficiência das polícias de São Paulo.
Apenas no Sudeste foi apontado 82% das ocorrências, concentrando a maior quantidade no Estado de São Paulo, com 43,23%, e complementando com 6,82% no Sul, 5,44% no Nordeste, 3,66% no Centro-Oeste e 1,42% no Norte. Ao todo, os valores somados pelas regiões chegam a, cerca de R$ 1.270 bilhões em prejuízo. O valor é repassado para o frete e, depois, para o consumidor final, o mesmo que paga impostos para ter segurança.
Dentre as mercadorias mais almejadas pelas quadrilhas, são ressaltadas: alimentos, materiais do setor de têxteis e de confecção, eletrodomésticos, cigarros, combustíveis, autopeças, produtos farmacêuticos e defensivos agrícolas.
Segundo Adriano Depentor, presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP: “As nossas lideranças estaduais e nacionais, responsáveis pelo assunto, estão cobrando as providências para o combate ao roubo de cargas. Como sindicato, não temos ação direta nos casos de roubos, mas reforçamos com nossos associados sobre a importância do acompanhamento preventivo do gerenciamento de riscos, atenção redobrada em paradas e nos trajetos em horários de menor movimentação”.