Volvo comemora avanços no Brasil e na América Latina

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A Volvo encerrou 2023 com crescimento em todos os segmentos de atuação da marca nos mercados do Brasil e América Latina. A empresa entregou 19.647 caminhões no País, sendo 3.960 semipesados e 15.687 pesados, alcançando respectivos market share de 27% e 30,7%.

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FH 540 é o caminhão pesado mais vendido em 2023, pela quinta vez consecutiva. O modelo atingiu o licenciamento de  7.200 unidades. Destas, 5.806 foram veículos com tecnologia Euro 6

A empresa obteve resultados positivos também nas exportações, não somente no envio de veículos de carga, mas também de ônibus e da caixa de transmissão I-Shift. Outros destaques da empresa são avanço da locação de caminhões e equipamentos, além de vendas de cotas de consórcio e de planos de manutenção.

Caminhões Euro 5 e Euro 6

Alcides Cavalcanti, diretor executivo da Volvo Caminhões, destaca que 43% dos licenciamentos da marca foram de caminhões Euro 6. Conforme disse, a empresa tinha pouco estoque de modelos Euro 5, exceto de semipesados, pois 60% dos emplacamentos de VMs em 2023 são com tecnologia de emissões Euro 5.

O executivo observou que por ter maior volume de caminhões com a tecnologia de emissões Euro 6, a participação da marca caiu no primeiro momento do ano. Porém, afirmou que a recuperação começou a acontecer nos meses seguintes, a partir do momento que os clientes começaram a confirmar, sobretudo em relação à economia de combustível.

Segundo Alcides, do total de caminhões da marca licenciados, 14.020 foram com a  tecnologia Euro 6. Outro destaque citado por ele é o emplacamento de 7.200 FH 540, o pesado mais vendido no País pelo 5º ano consecutivo. O FH 460, por sua vez, atingiu a marca de 3.783 unidades.

De acordo com números apresentados pela Volvo, a marca obteve bom desempenho também entre os caminhões vocacionais, representados pelos modelos VMX e FMX. Esses veículos destinados a aplicações off road encerraram o ano com participação de 34% na cana-de-açúcar e 36% para o segmento florestal.

No total, em 2023 a Volvo entregou 19.647 caminhões no mercado interno e exportou outros 4.005. O maior mercado internacional foi o Peru, com o envio de 2007 unidades, seguido do Chile (1.351) e 647 para outros países da América Latina.

Rede de concessionários

Ainda nas palavras de Alcides Cavalcanti, a rede de concessionários também cresceu em 2023 e passou a contar com 106 unidades e mais de 1.800 boxes de serviços. O cliente Volvo passou a ter também 70 pontos de apoio localizados em rodovias e em sites de empresas, entre outros locais.

Segundo o executivo, atualmente a frota ativa da marca supera as 145 mil unidades no País. Ele acrescentou que a cada 10 novos veículos vendidos oito têm algum plano de manutenção

Mercado de ônibus

Em relação ao ano anterior a marca cresceu também no mercado de ônibus. Foram emplacadas no País 700 unidades. O destaque ficou para o avanço de 60% no número de licenciamentos de modelos rodoviários B380R, B420R, B460R. O volume alcançado superou em 6,4% sobre o resultado de 2022. 

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Licenciamento de ônibus rodoviários Volvo cresceu 60% no ano passado em relação a 2022

Um dos produtos da marca em evidência é o novo chassi Euro 6 B510R com motor de 13 litros, 510cv de potência e transmissão I-Shift. Entre os maiores negócios realizados ano passado, a Volvo destaca a venda de 152 ônibus (B460R 6×2 e B510R 8×2) para a Viação Catedral, de Brasília. 

Também em 2023, a Volvo realizou a primeira demonstração do ônibus elétrico BZL, nas ruas de Curitiba. O modelo já roda em testes em São Paulo, Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia).

Sobre exportação de modelos a diesel em 2023, a fábrica enviou 125 unidades para o Peru e 248 para o Chile. Incluindo o Brasil, foram entregues 1.275 chassis da marca na América do Sul.

De acordo com André Marques, presidente da Volvo Buses Latin America, 2023 foi um ano histórico para ônibus, com excelentes resultados para a marca. O executivo lembrou do lançamento do chassi B320R, equipado com o motor D8K, o mesmo do caminhão VM.

A versão urbana desse chassi utiliza transmissão automática; rodoviária e fretamento são equipadas com a caixa automatizada I-Shift. As empresas de Ribeirão Preto/SP, Rápido D’Oeste e Transcorp, foram as primeiras a adquirir o novo modelo B320R. Cada uma delas comprou  27 unidades para operar nos corredores do sistema de transporte municipal da cidade.

Locação de caminhões e implementos

Lançada em 2023, a Locadora Volvo atingiu a marca de 850 contratações de caminhões e implementos. A operação de locação da marca foi introduzida no Brasil pelo seu braço financeiro da companhia, o Volvo Financial Service (VFS).

De acordo com Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul, se trata do conceito “caminhão como um serviço”, que ao invés da compra o transportador opta pela locação”. Os prazos de locação são de 24 e 60 meses, mas de acordo com Carlos Ribeiro podem ser aumentados ou reduzidos para atender as necessidades do cliente.

“O segmento canavieiro é o mais interessado. Os pacotes de locação podem incluir serviços, como manutenção, conectividade e treinamento de motoristas”, afirmou o executivo.

O VFS tem participação em todos os negócios da empresa. Em 2023, a unidade registrou R$ 37 milhões em financiamentos e atingiu uma carteira ativa de R$ 22 bilhões (aumento de 20% em relação a 2022). É o melhor resultado alcançado em 30 anos de atuação do VFS.

Consórcio Volvo

O Consórcio Volvo, por sua vez, garantiu um recorde com R$ 2,1 bilhões em vendas de novas cotas durante 2023 (crescimento de 24% em relação ao ano anterior). De acordo com Carlos Ribeiro, a modalidade é um produto consolidado, que sempre representa uma parte importante na aquisição de caminhões, ônibus e equipamentos de construção.

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Vendas do consórcio de veículos da marca atingiram a marca de R$ 2,1 bilhões em novas cotas

“O consórcio atende transportadores autônomos e frotistas, principalmente por conta da confiança, da facilidade e dos benefícios que traz aos usuários”, concluiu Ribeiro.  

Perspectivas para 2024

Para 2024, o presidente do Grupo Volvo América Latina, Wilson Lirmann, estima um crescimento entre 10% e 15%. Essa projeção se baseia em pontos positivos como as commodities em alta, queda do desemprego, crescimento da indústria de turismo e a tendência de baixa da infração, entre outros aspectos.

No entanto, o executivo diz que existem pontos de atenção a serem observados. Entre eles as taxas de juros ainda em nível elevado, elevação dos custos e as tensões geopolíticas no cenário internacional que trazem incertezas econômicas.