O diesel ocupa boa parcela nos custos operacionais das atividades de transporte. Nesse sentido, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as transportadoras gastam, em média, 35% de seu faturamento com o abastecimento dos veículos.
Seja como for, ao longo dos últimos anos, o combustível vem sofrendo diversas variações. E que impactam diretamente não só a estrutura das empresas de transporte. Mas toda a economia.
Em meados de 2022, o diesel chegou a apresentar recorde de altas no valor, devido a uma série de desafios nacionais e internacionais. Como a alta do dólar, a guerra na Ucrânia e a política de preços da Petrobras, que obtém os valores do mercado externo.
Nova realidade para o diesel
Mas a realidade tem mudado. De acordo com o Instituto Paulista de Transporte de Cargas (IPTC), só nos últimos 12 meses, o preço do diesel caiu 34.57% para o consumidor.
Assim, diante desse cenário de variações, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região, (Setcesp), elaborou o painel do diesel em parceria com o IPTC. A ferramenta auxilia o transportador associado à entidade para que ele tenha mais eficiência no custo operacional. E para poder acompanhar os aumentos do combustível em 106 municípios do estado.
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O projeto, que surgiu justamente pela alta atípica no preço do diesel, é atualizado semanalmente. E todos os dados brutos são colhidos junto aos levantamentos da ANP.
Dessa forma, com o dispositivo, o transportador consegue ter uma noção sobre valores do diesel em diferentes estados. Sendo possível o motorista se organizar para o momento de definição da rota que percorrerá.
Ademais, há ainda uma série histórica de como está o cenário. Assim, a entidade consegue também contribuir para a diminuição do impacto no setor de transportes.
Mesmo nesse momento de queda, as variações continuam em diversos estados brasileiros. Diante desse cenário, o IPTC desenvolveu um painel que auxilia o transportador, para que ele tenha mais eficiência no custo operacional. Do mesmo modo, possa acompanhar as oscilações dos combustíveis.
Variações
Nesse sentido, durante a última semana de 16 a 22 de julho, a maioria das capitais apresentou variações não tão relevantes nos preços do Diesel S10 e do Diesel comum. No entanto, algumas localidades tiveram movimentações mais significativas. Reforçando a importância de monitorar regularmente as flutuações nos preços do combustível. Afinal, mesmo pequenas variações podem ter impactos significativos nos custos operacionais das empresas e no dia a dia dos consumidores.
Em Belo Horizonte, o valor do diesel comum subiu 5,25%. Ou seja, apresentando um valor atual de R$ 4,81. Em Curitiba, o valor do diesel comum cresceu 3,13%, fechando a R$ 4,95. Já em Porto Alegre, o valor do combustível comum sofreu uma alteração de 2,77%. Assim, chegando a R$ 5,20.
Vitória, por sua vez, apresentou queda no valor do diesel S10 de 4,12%, ficando a R$ 5,35 o litro.) E o valor do diesel comum também mostrou retração de 4,41%, custando R$ 4,99.
Do mesmo modo, São Paulo também teve queda no valor do diesel S10. Porém menor, de 1,17%, finalizando o período com o valor médio de R$ 5,05. Enquanto não houve variação no diesel comum.
Onde o combustível é mais caro
Contudo, mesmo sem grande variação, a capital com diesel mais caro é Rio Branco. Ou seja, lá o litro do diesel S10 custa R$ 5,91 e o comum R$ 5,84. Já o mais barato está localizado em João Pessoa, com valores do S10 em R$ 4,70 e o comum em R$ 4,60.
Seja como for, Ricardo Henrique, analista de dados do IPTC, diz que no geral, o preço do diesel S10 registrou quedas em algumas áreas. Enquanto o diesel comum se manteve relativamente estável.
“Essas variações refletem a dinâmica do mercado de combustíveis, sujeito a fatores como demanda, oferta e políticas econômicas. É importante ressaltar que as flutuações nos preços do combustível podem ter impactos significativos para consumidores e empresas. Assim, afetando seus custos operacionais e despesas diárias. Por isso, é essencial acompanhar de perto essas variações e estar ciente das tendências do mercado”, comenta o analista.