Venda de pneus de carga fecha o semestre com 15% de retração

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A venda de pneus novos para caminhões no Brasil recuou 15% no primeiro semestre de 2023. Os dados são da Associação Nacional das Fabricantes de PNEUS (ANIP). Assim, no período foram vendidos um pouco mais de 3,3 milhões de pneus de caminhões e ônibus. Enquanto que no primeiro semestre de 2022, os fabricantes venderam 3,8 milhões.

No mês a mês, em junho foram vendidas 540 mil unidades de carga. Esse número representa queda de 7,9% nas vendas totais desse segmento. Isso quando comparadas com o mês anterior. Ou seja, em maio, a indústria vendeu 636,3 mil.

Venda de pneus de carga fecha o semestre com 15% de retração no Brasil
Para Klaus Curt Müller a economia instável está entre os fatores que interferem nos resultados

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A queda nas vendas de pneus para montadoras foram as mais representativas. Com retração de 18,1%. Em outras palavras, no período as montadoras adquiriram 776,7 mil pneus. Contudo, nos primeiros seis meses de 2022 haviam consumido 948,7 mil unidades.

Do mesmo modo, em junho ainda ocorreu queda de 10,8%. Dessa forma, no mês passado as montadoras responderam pelo consumo de 116,9 mil pneus. Enquanto em maio responderam por um pouco mais de 131 mil unidades.

Venda de pneus para reposição

Na reposição as vendas são mais representativas para a indústria de pneus. Contudo, há registro de queda, mesmo em menor proporção frene às montadoras. O que mostra que o mercado segue retraído.

Em outras palavras, nos primeiros seis meses de 2023, a retração no segmento foi de 14,1%. Ou seja, a indústria de pneus vendeu para o mercado de reposição mais de 2,5 milhões de unidades. Em contrapartida, no mesmo período em 2022 o setor de reposição consumiu 2,9 milhões.

No mês de junho, as vendas para reposição tiveram uma queda de 7,1% frente ao mês de maio. Mês passado foram repassados para a reposição 423 mil pneus. Enquanto que em maio, 455,2 mil.

Presidente da ANIP, Klaus Curt Müller, os números do primeiro semestre mostram que o setor ainda enfrenta um cenário de recuperação difícil. Principalmente para o segmento de carga.

“A economia instável, a alta taxa de juros e a queda do dólar interferem diretamente nos resultados do setor. Aguardamos, com cautela, uma recuperação no segundo semestre”, diz Müller.