A pandemia Covid-19, causada pelo novo Coronavírus desacelerou bruscamente a humanidade. Para tentar minimizar o contágio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou isolamento social e quarentena.
Países que, no início, subestimaram irresponsavelmente a gravidade da doença sofreram tristemente com índices alarmantes e trágicos de mortes.
Desde março a maioria dos países do planeta está parcialmente parado. Vacina, na melhor das hipóteses, só no final do ano. Remédios para amenizar riscos decorrentes da doença ainda estão em fase de testes. E ninguém suficientemente sério e honesto pode dizer quando vão chegar.
Na Europa, onde a pandemia se alastrou um mês antes de ter chegado ao Brasil, aparentemente (uma vez que certeza eles não têm), há alguma possibilidade agora de abrandamento da quarentena depois de julgarem que houve, por lá, o pico de contaminações.
Apressados e pressionados por eleitores assombrados com as consequências nefastas de uma economia parada, governantes brasileiros querem imitar a Europa neste momento de leve abertura (embora não a tenham imitado naquele momento de amplo fechamento e reclusão social). Mas falta, ainda, combinarem com o vírus que, pelas terras brasilis, até o momento só tem demonstrado vigorosos sinais de expansão e não de retração (como se observa na Europa).
Caminhamos rapidamente para 20 mil mortes, um número assombroso que coloca o Brasil no macabro ranking dos países com mais óbitos por conta da doença. Governos federal, estaduais e municipais não se entendem e batem cabeças. A desordem da gestão pública gera incertezas, angústia e desobediência civil.
Enquanto os governos erram, as empresas, ao contrário, sob gestão mais séria e responsável, acertam e assumem o protagonismo neste difícil momento de crise sanitária, política e social do Brasil.
No setor de transporte, montadoras, implementadores e sistemistas voltam ao trabalho de maneira organizada e seguindo rigidamente protocolos de segurança recomendados pela OMS. “Temos encomendas tanto no mercado interno como externo e precisamos produzir para honrar nossos compromissos”, comenta Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz do Brasil.
Grandes implementadores como Randon, na região Sul do Brasil, também voltaram às atividades em suas fábricas. “Estamos observando com rigor e atenção todas as normas de segurança para preservar a saúde de nossos colaboradores”, comenta José Carlos Spricigo, “mas precisamos seguir trabalhando para que a logística do País continue funcionando perfeitamente bem”.