Há consenso que tomar decisões baseadas em pesquisas aumentam as chances de acertos mesmo que, as vezes, isso não seja totalmente verdadeiro. Há decisões que são feitas com base na intuição e, no caso do Brasil, muitas são no “achismo” mesmo. Porém, os empresários de transportes e as entidades que os representam estão, cada vez, buscando o conhecimento para suas tomadas de decisões. O exemplo vem do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo e Região) que criou em janeiro deste ano o Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC).
Trata-se de um instituto de pesquisa e estudos, sem fins lucrativo, que ajudará o setor, além de tomar decisões mais acertadas, também se posicionar perante a sociedade e os órgãos públicos embasamento técnico e bem analisados sobre diversas questões que envolve o dia a dia de todos. Por exemplo, qual o envolvimento de veículos de cargas em acidentes? É só perguntar para o IPTC que, já nos informa que o número de veículos de cargas que se envolveram em acidentes em estradas federais que cruzam o Estado de São Paulo é de 25%. E mais: do total desses 25%, 57% dos acidentes ocorreram em horário comercial. Desse total, a maior parte foi por falta de atenção (30%), 12% por velocidade incompatível e 3% por ingestão álcool.
MÉDIA SALARIAL
Outro dado interessante para as transportadoras que vão contratar profissionais é conhecer a média salarial de algumas funções na Grande São Paulo:
| Cargo | Média |
| Gerencial | R$ 3.346 |
| Supervisor | R$ 2.303 |
| Técnico/Administrativo | R$ 2.668 |
| Motorista | R$ 1.668 |
| Serviços logísticos | R$ 1.160 |
| Manutenção | R$ 1.815 |
| Fonte: IPTC |
Os motoristas de caminhões são responsáveis por R$ 4,45% das multas aplicadas na cidade de São Paulo, sendo 73% por rodízio.
Segundo o diretor executivo do IPTC, Fernando Zingler, o objetivo do IPTC é prover serviços aos transportadores e fornecer estudos e pesquisas que identifiquem soluções em mobilidade urbana junto à iniciativa pública. Zingler se qualificou para área com mestrado em Engenharia de Transporte pela Universidade de Nova Iorque e é ex-executivo do departamento de trânsito de Nova Iorque.
Para, o IPTC poderá agregar e impactar positivamente no dia-dia dos transportadores da carga: “O IPTC será um hub de informações para os transportadores, no qual serão produzidas matérias de fácil entendimento sobre as restrições na grande região metropolitana e medidas de caminhões, ou seja, o Instituto vai ser o suporte mais prático para quem opera em São Paulo e quer evitar multas ou operações irregulares”.
