Os Estados Unidos podem ter diversos defeitos, mas é um ambiente mais amigável para os motoristas profissionais de caminhões. E, mesmo assim, eles têm uma carência de novos profissionais para conduzirem veículos de carga. A maior rede ferroviária do mundo não consegue abastecer as 35 mil cidades. Para que as cidades funcionem e não falte alimento e todos os tipos de mercadorias, os 332 milhões de habitantes dependem dos condutores de veículos comerciais. A relação lá é de mão dupla, na qual ambos ganham: quem leva a mercadoria e quem compra. Para isso funcionar, as estradas são de qualidade e seguras, os pontos de paradas contam com boa infraestrutura, os salários anuais são acima de 100 mil dólares anuais, quase R$ 550 mil, e com vários benefícios. E o padrão dos caminhões Peterbilt?
Podemos citar diversos modelos, mas, às vezes, até parece não haver limite para conforto e espaço. O proprietário tem a liberdade de reconstrução o caminhão que não temos para o Brasil. Só para ter uma ideia, conheceremos o Peterbilt 2022 dos operadores Rick e Terry Henderson, transportadores que ganharam destaque no site Overdriver, fonte de inspiração para este artigo. O casal se conheceu em um engarrafamento, quando ela (Terry) era motorista da Schneider e ele (Rick) transportava iates.
Eles se casaram em 2009 e o caminhão deste artigo é o da aposentadoria deles. Atualmente, o casal trabalha para a FedEx. Vale lembrar que a Peterbilt pertence ao Grupo Paccar, que tem a DAF Caminhões no Brasil. Vale explicar que a legislação brasileira, cópia da europeia, impede, indiretamente, que a cabine dos nossos caminhões seja maior, como a norte-americana. A questão da legislação será tema para outro artigo e voltaremos ao Peterbilt 389, um aconchegante lar.
O Peterbilt tem entre-eixos de 8,74 metros, motor Cummins de 573 cv e transmissão de 18 velocidades, sendo duas overdrive, que mantém a rotação do motor próxima a da marcha lenta em velocidade cruzeiro. Originalmente, o modelo 389 é oferecido com motor Paccar MX-13 de 520 cv igual temos no DAF XF brasileiro, mas nos Estados Unidos, o cliente é quem decide o motor e a caixa marchas.
O 389 ficou famoso sendo o personagem Optimus Prime da série de filmes “Transformers”. O modelo conta com design atemporal do 389, cabina totalmente em alumínio e, em termos de tecnologia, ele não é tão moderno como um Mercedes-Benz Actros. , pois não possui o ACC (sigla em inglês para Piloto Automático Preditivo), Frenagem de Emergência com identificação de pedestres, ciclistas etc., radares para ponto cego e retrovisores digitais com ampla identificação do ambiente de baixa visibilidade, como dias de chuva ou à noite, e nem auxiliar de manobras.
O diferencial é o conforto e espaço da cabine, mantendo o estilo retrô, ar-condicionado com comandos manuais e quadro de instrumentos analógicos, mas com uma tela digital.