Seminovos na vantagem

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Quando o tema é caminhão seminovo ou usado, a Mercedes-Benz oferece os serviços da SelecTrucks, loja localizada em Mauá, região metropolitana de São Paulo. Trata-se de uma unidade de negócios criada há um pouco mais de 20 meses e que já comercializou 541 veículos, dos quais 158 modelos foram negociados apenas nos cinco primeiros meses deste ano.

  
Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de marketing, vendas e pós-vendas de caminhões e ônibus da MB, a partir dos negócios com usados também foi possível vender caminhões novos. “Em 18 meses vendemos aproximadamente 680 caminhões zero-quilômetro aceitando seminovos na troca. Isso contribui para que a Mercedes-Benz mantenha-se competitiva num mercado extremamente disputado como o que estamos vivendo hoje no país”, diz Leoncini. “E mais: a SelecTrucks também colabora para o maior volume de serviços e de peças, gerando mais resultados para a empresa e para nossos concessionários”.

Por causa dos resultados e do potencial que esse negócio agrega aos serviços oferecidos pela Mercedes-Benz a marca vai inaugurar uma unidade do SelecTrucks em Minas Gerais ainda neste ano. Sem detalhar endereço, Leoncini explica que a estratégia é levar o SelecTrucks até o cliente, que também tem a opção de comprar pela internet, através do site da loja. 

Também serão inaugurados dois postos de vendas como projeto-piloto em concessionárias localizadas no eixo Campinas-Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O vice-presidente explica que o revendedor Mercedes não participará da operação, mas como vai ceder a estrutura de espaço poderá cobrar por isso. “Por ser um projeto-piloto, não será uma estrutura fixa. Acreditamos que será bom para o concessionário porque vai gerar movimento na loja e favorecer a venda de produtos e serviços”, ressalta Leoncini.

Seminovos de respeito

O diferencial da SelecTrucks é trabalhar com veículos de todos os segmentos, de furgões a caminhões pesados rodoviários ou off-roads. Contudo, os modelos que nesses quase 20 meses da SelecTrucks foram o Accelo 815, que representa 24% das vendas totais, com destaque para a versão baú, ano 2012. Em seguida, o mais vendido é o semipesado Atego, com 15% das vendas, sendo a versão mais procurada o 2426 6×2 implementados com carroceria e baú, fabricando entre os anos 2010 e 2012.


Fabian Seifarth, gerente de vendas de veículos seminovos, explica que o maior comprador desses modelos são os autônomos e os pequenos frotista, que buscam veículos seminovos com procedência. “Aqui no SelecTrucks os veículos passam por uma severa inspeção, que vai de débitos, a inspeção de motor e chassi. Fazemos todos os reparos com trocas de filtros e óleos, reparos inclusive estéticos e da parte elétrica quando necessário. Utilizamos peças da marca Alliance e no caso do Atego ainda acrescentamos defletor, rodas e outros equipamentos para chamar a atenção do cliente”, detalha Seifarth.

O executivo fala que esses são alguns serviços que tornam a atividade do SelecTrucks diferenciais. “O Accelo e o Atego têm predicados suficientes para serem bem vendidos nessa categoria”. A versatilidade é o que faz da gama leve e semipesada estarem entre as mais procuradas no mercado de seminovos. Prova disso é que o Atego, por exemplo, é ofertado com quatro opções de cabine: simples, estendida e leito teto alto ou baixo, e conta com quatro variações de entre-eixos, ficando assim mais fácil de o comprador encontrar a unidade que mais vai atender à sua operação. Fabian ressalta que o preço desses caminhões é outro item bastante convidativo, por essa razão os modelos mais procurados são considerados seminovos, com anos de fabricação entre 2010 e 2012.

Vale destacar que o Atego é indicado nas operações urbanas de coleta e distribuição, e o Accelo às atividades como distribuição em setores como hortifrutigranjeiros, cerealistas, transporte de bebidas, eletrodomésticos, cargas frigorificadas, materiais de construção, entre outros. Apesar das boas vendas dos semipesados, Fabian revela que neste ano os caminhões pesados rodoviários estão sendo mais procurados para compra. “Ainda não representam como os semipesados, mas creio que será questão de tempo”, diz.