A Santos Brasil adquiriu 35 caminhões Scania movidos a gás natural para operar no Tecon Santos. Ou seja, um dos maiores terminais de contêineres da América do Sul, localizado no Porto de Santos (SP).
Os caminhões da marca do grifo começarão a rodar de forma inédita no transporte de contêineres dentro do terminal portuário. Assim, a Santos Brasil investiu R$ 40 milhões na nova frota, que substituirá gradualmente os modelos mais antigos.
Nesse sentido, comparado aos caminhões movidos a diesel da Tecon Santos, a previsão é de que os novos veículos reduzam as emissões de CO₂ em até 20%. No momento, além dos 35 caminhões, o terminal opera com outros 140 caminhões a diesel, que serão substituídos de forma progressiva por opções mais modernas e sustentáveis.

Scania P
Os caminhões adquiridos são do modelo P 340, configurados para atender às necessidades operacionais do Tecon Santos. Os modelos contam com motor de 9 litros, 340 cv de potência e torque de 163 mkgf entre 1.100 e 1.400 rpm. Além disso, são equipados com a transmissão Scania Opticruise G25CM de 14 marchas e distância entre os eixos de 3.950 mm.
Em outras palavras, composição adequada para acomodar os oito cilindros de gás. Enquanto o eixo traseiro R885 assegura uma robusta capacidade máxima de tração (CMT) de até 78 t.
Os veículos também contam com freio auxiliar hidráulico Scania Retarder, de 4.700 Nm de capacidade de frenagem. Assim,
aumentando a segurança durante as operações. Para atender às demandas do terminal, a Santos Brasil implementou um sistema eletrônico de coleta de dados resistente a altas temperaturas, que transmite ao motorista as instruções operacionais em tempo real. O abastecimento da frota será realizado em um posto de gás natural em fase de implantação no próprio terminal.
Seja como for, essa iniciativa integra o projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos. De acordo com Bruno Stupello, diretor de operações de terminais portuários da Santos Brasil, a adoção de caminhões movidos a gás natural reflete o compromisso da companhia com a sustentabilidade e eficiência operacional.
A iniciativa está alinhada ao Plano de Transição Climática da Santos Brasil, que tem como metas reduzir em 70% as emissões diretas de GEE (escopos 1 e 2). E em 30% as emissões indiretas (escopo 3) até 2040.