Nestlé fez neste mês de outubro um compromisso público de utilizar energias renováveis em todos os seus veículos, como furgões elétricos e caminhões a gás, e também, e etanol nos mais de 1.700 veículos flex da força de vendas. Os fornecedores de transporte dela vão ser incentivados a seguirem esta orientação.
 
Segunda a Nestlé, essa é uma mudança ao encontro da jornada de sustentabilidade em suas operações logísticas com o objetivo de utilizar combustíveis menos poluentes e de fontes renováveis. Com a adoção de 100% etanol como o combustível da frota corporativa serão 1,7 mil toneladas de emissões de CO2 evitadas ao ano.

Por ano, vendedores, representantes comerciais, consultores, promotores de merchandising e gerentes de vendas que atuam em todo o Brasil, localizados em aproximadamente 1,4 mil municípios pelo País, percorrem aproximadamente 28,1 milhões de quilômetros, o que significa utilizar 2,9 milhões de litros de combustível/ano.

“Essa mudança em nossa frota integra os esforços que fazemos em toda a frente logística dentro dos compromissos da Nestlé com a sustentabilidade”, afirma o vice-presidente de Logística da Nestlé Brasil, Marcelo Nascimento.

Perfil da frota será mudado

Nesse ano de seu centenário de presença no Brasil, a Nestlé já tinha anunciado, em abril, investimentos na transição de sua frota para tornar suas operações cada vez mais sustentáveis no país e contribuir com o meio ambiente e a sociedade. A iniciativa é uma das frentes para a companhia atingir seu compromisso público de ter zero emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2050, incluindo suas cadeias de fornecimento.
 
Para isso, a empresa está investindo em iniciativas como a realização de transporte de cargas por métodos menos poluentes, otimização de rotas e de volume de entregas por meio do uso de algoritmos, entre outras.

Uma das principais frentes dessa atuação é a utilização de veículos elétricos e movidos a GNV ou biocombustíveis de fontes renováveis, como biometano. Os planos da companhia são de, até 2022, ter mais de 100 veículos deste tipo rodando para transporte de seus produtos, o que representa 10% da frota que hoje atende a empresa, com investimentos de mais de R﹩ 15 milhões nesta frente.
 
A iniciativa vai resultar na redução da emissão de 5,7 mil toneladas de CO2 por ano, já que os veículos elétricos não emitem nada de CO2, os veículos GNV reduzem ao menos 15% de emissão de CO2 e os veículos a biometano, que é um combustível renovável, reduzem em até 90% as emissões de CO2. Somando as duas frentes, a meta é reduzir 7,4 mil toneladas de CO2 por ano no Brasil.

 
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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).