Pesquisa CNT revela o perfil do profissional brasileiro

471

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) lançou a pesquisa Perfil dos Caminhoneiros 2016, cujo objetivo é traçar as características do motorista profissional brasileiro. 1.066 caminhoneiros, entre autônomos e empregados, foram consultados durante o mês de novembro de 2015.
cnt pesquisa

De acordo com os dados colhidos, a média de idade dos motoristas é de 44,3 anos, e a renda mensal líquida alcança R$ 3,9 mil (empregados), e R$ 4,1 mil (autônomos). Em média, os entrevistados estão na profissão há 18 anos.

A frota brasileira possui idade média de 13,9 anos (16,9 anos dos veículos dos autônomos e 7,5 anos os veículos de frota). 10 mil km por mês é quanto rodam os caminhoneiros, que trabalham até 11,3 horas por dia. Quando questionados a respeito da crise econômica, 86,8% afirmam que houve queda da demanda por serviços em 2015, enquanto 74,1% alegam que o motivo foi a crise econômica. 44,8% estão endividados ou têm alguma dívida a vencer.

cnt pesquisa
Sobre os desafios e entraves da profissão, 46,4% citam o custo do combustível e 40,1% relatam que o valor do frete não cobre as despesas de operação. Falando sobre os pontos negativos da profissão, 60% citam a insegurança como fator principal, 34,9% qualificam a profissão como desgastante e 32,1% citam a distância da família. Em relação aos pontos positivos, eles destacam a possibilidade de conhecer novas cidades/países (47,0%), a possibilidade de conhecer pessoas (33%) e o fato de ser uma profissão desafiadora e aventureira (28,5%).

Sobre legislação, a maioria (88,4%) diz conhecer a Lei do Caminhoneiro, porém, 34,7% não estão satisfeitos e não cumprem o tempo de descanso. As más condições das rodovias também são citadas.

No quesito saúde, 44,6% procuram profissionais dessa área para prevenir doenças e 24% utilizam ou já utilizaram medicamento controlado. Desse total, 57,7% para hipertensão. Como hábito, 59,9% disseram consumir bebida alcoólica aos finais de semana. 45,6% dos caminhoneiros receberam oferta de algum tipo de droga ou substâncias ilícitas e 12,1% experimentaram.

A pesquisa é uma das propostas da CNT para contribuir no Plano CNT de Recuperação Econômica, entregue diretamente nas mãos da presidente Dilma Rousseff.