Eletrificar os caminhões da chamada linha amarela é um dos maiores desafios da indústria. Entretanto, de acordo com relatório divulgado pela Electric Mine Report, atualmente as ‘superbaterias’ são capazes de mover caminhões acima de 200 toneladas. Ou seja, um novo marco para a descarbonização do transporte na mineração
Nesse sentido, a americana Caterpillar avalia uma bateria projetada para um caminhão da marca de 265 toneladas. Do mesmo modo, a alemã Liebherr. Ela testa o componente para um modelo de 240 toneladas.
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Seja como for, as novas baterias já são em si avanços relevantes. Ainda mais se levar em conta que modelos criados até aqui movem caminhões abaixo de 200 toneladas. Portanto, trata-se do primeiro passo para viabilizar uma nova geração de caminhões. Ou seja, mais limpos do ponto de vista sustentável.
Ademais, conforme o estudo, as superbactérias dão às mineradoras a perspectiva de zerar as emissões diretas nos veículos. Vale lembrar que os caminhões fazem o grosso do transporte de minério no mundo. Dessa forma, respondem por metade da pegada de carbono do setor.
No entanto, o relatório avalia que a descarbonização do setor ainda depende de pesquisas em outras frentes. Embora as superbaterias sejam um passo adiante. Nesse sentido, ainda não existem carregadores universais. Ou mesmo compatíveis com qualquer tipo de bateria.
Os carregadores estacionários disponíveis precisam ser aprimorados. Sobretudo para diminuir o tempo de recarga. Isso porque os melhores protótipos para modelos de até 200 toneladas levam de dez a 40 minutos para carregar até 100% as baterias. Vale lembrar que para esses veículos as baterias são de 100 a 400 kWh.
Alternativas de carregamento
Seja como for, para a fabricante de sistemas elétricos ABB, há uma alternativa. Paralelamente à busca por carregadores mais rápidos, a empresa estuda o uso de linhas elétricas aéreas (trolleys). Sistemas que movem bondes nas cidades. Bem como caminhões híbridos em minas para carregar baterias de modelos pesados.
Assim, nessa abordagem, a bateria seria carregada continuamente. Enquanto isso o caminhão se move conectado à rede elétrica.
“Cada vez mais clientes nos pedem esse tipo de solução. Eles estão ansiosos para entender como os trolleys funcionam com caminhões a bateria”, disse no documento Mehrzad Ashnagaran, diretor global para eletrificação da ABB.
A empresa conta com dois sistemas de trolley em minas. Uma na Suécia e outra no Canadá. Eles se mostram capazes de mover pesados híbridos diesel-eletricidade com até 90% menos emissões de CO2. E com o dobro da velocidade média dos equivalentes a diesel.
No entanto, a ABB não informa ter planos de testar caminhões a bateria nessas redes. Pelo menos por enquanto.
