O ano de 2016 trouxe ao mercado a nova geração de uma picape reconhecida em todos os cantos do território brasileiro: a Hilux, que está ainda mais tecnológica e com design renovado. Figurando no topo da categoria Picapes Médias, com 16.988 unidades vendidas até junho, segundo dados da Fenabrave, o modelo da Toyota tem 24,50% de participação no segmento.
Apesar de liderar a categoria, o segmento da Hilux possui concorrentes de peso, como S10 e Ranger, que também passaram por mudanças e nada devem ao modelo japonês. Outro fator que afeta não só as vendas da picape, mas também as da categoria Picapes Pequenas, é a chegada dos modelos Renault Oroch e Fiat Toro, que inauguraram o segmento das intermediárias e têm a missão de atrair os clientes das outras categorias.
Para o lançamento da nova geração da Hilux, a Toyota adotou o slogan “Mais Hilux do que nunca” que, para a fabricante, significa cumprir bem suas funções tanto no trabalho como no lazer. Partindo dessa proposta, a picape aumentou de tamanho, com cabine 70 mm maior, 20 mm mais larga e 45 mm mais baixa comparada à geração antecessora. Mas o que realmente impressiona no modelo é o design, principalmente pelo novos conjuntos óptico dianteiro e traseiro, capazes de atrair olhares por onde passa — principalmente pelo farol DRL (farol de rodagem diurna, em Português) de LED.
Para o teste, levamos a nova versão topo de linha da Hilux (SRX) para terrenos off-road, rochosos e montanhosos, onde avaliamos que, além de bonita, a nova geração da picape não deixou de lado força e robustez. Por falar em desempenho, a nova Hilux recebeu motor 2.8 turbodiesel, que integra a linha global de propulsores da marca. Com quatro cilindros, turbo de geometria variável (TGV) e intercooler, ele é capaz de gerar 177 cv, 45,9 mkgf na versão automática e não decepcionou em nenhum momento.
Com seis marchas e bem escalonado, o câmbio também é novo, e, segundo a Toyota, foi desenvolvido para proporcionar desempenho e economia de combustível. Para isso, dois modos de condução estão disponíveis: Power, com respostas mais rápidas, indicado para ultrapassagens ou quando o veículos está carregado, e Eco, que prioriza a economia de combustível.
Mesmo carregada com 500 kg de carga — metade da sua capacidade — , a Hilux mostrou-se valente, e não houve necessidade de acionar o modo Power para realizar ultrapassagens ou encarar os diversos tipos de solo do teste: estrada, terrão, montanhoso e rochoso. No modo Eco, a picape registrou a média de 8,4 km/l na estrada e 7,8 km/l em terrenos dificeis.
INTERIOR REFINADO
A Toyota acertou no design interior do modelo. Unindo tecnologia, conforto e ergonomia, a Hilux oferece acesso facilitado a todos os seus comandos, o que torna a condução muito mais fácil. A central multimídia que equipa a picape tem formato de um tablet e, apesar de passar um ar de modernidade, o formato do acessório não combina com as linhas circulares do painel. GPS, DVD, rádio FM, CD e bluetooth são algumas de suas funções, e podem ser controladas pelo volante ou pela tela, que é touchscreen.
Apesar da unidade testada ter alguns barulhos excessivos, a suspensão da Hilux é justa, com o balanço habitual das picapes altas, mas proporciona conforto para o motorista e passageiros. Para pessoas de maior estatura, porém, o balanço do veículo pode gerar seguidos choques da cabeça do motorista contra a alça de segurança, que não é retrátil.
Desenvolvida para ser agradável nas horas de lazer e valente no trabalho, a Hilux 2016 traz de série, ao toque de um botão, controle de estabilidade e tração, e abandonou a alavanca seletora de tração, que deixou seu interior ainda mais ‘clean’. Outros sistemas de segurança que equipam a picape são: freios ABS, Airbagas laterais, controle de descida e assistente de partida em rampa.
A versão SRX custa a partir de R$ 188 mil e com bons predicados, a Hilux 2016 está mais preparada para fazer frente às rivais S10 e Ranger, também testadas pela TRANSPORTE MUNDIAL.