Para preencher uma lacuna identificada em seu portfólio, a Volvo Bus apresentou um novo chassi rodoviário: o B310R, com tração 4×2, que chega prometendo ser (no mínimo) 3% mais econômico que os concorrentes da sua categoria.
No desenvolvimento do chassi, dois fatos foram levados em conta: faltava um modelo na faixa de potência entre 270 cv e 340 cv e, o outro, frisado por Luís Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America, o de que já não se compram modelos com potência superior àquela que se necessita, principalmente em tempos de crise. É nesse contexto em que o chassi B310R entra em cena. Com propulsor D11C traseiro, de 11 litros, 310 cv de potência e 153 mkgf de torque, o modelo surge como a oitava opção de chassi rodoviário no portfólio da marca, com potências de 310 cv, 340 cv e 380 cv.
Voltada às operações rodoviárias e de fretamento de curta e média distância, a plataforma pode receber carrocerias de até 14 m de comprimento. De acordo com a engenharia da marca, a versão 4×2 é até 400 kg mais leve que os similares no mercado, por empregar um tipo de aço especial, que permitiu a redução de peso; o que explica, em parte, a eficiência informada pela fabricante.
O chassi compartilha de plataforma única adotada nos outros modelos da linha, o que, segundo Idam Stival, coordenador da engenharia de vendas da Volvo Bus Latin America, simplifica o projeto de carrocerias, facilita a manutenção e reduz custos operacionais. Além da plataforma, o chassi compartilha os mesmos itens de série dos outros modelos: caixa I-Shift de 12 velocidades, freio motor VEB com 390 cv de potência, suspensão eletrônica e freio a disco EBS 5, com ABS e controle de tração, sensores de desgaste de pastilha, auxílio a frenagem de emergência, sistema de freio de portas e auxiliar de arranque em aclives.
Antes de estrear no mercado, o B310R passou por testes em uma antiga parceira da fabricante sueca, a empresa de transporte de passageiros Princesa dos Campos, onde, segundo o presidente da empresa, Florisvaldo Hudinik, os números informados pela Volvo foram comprovados nos testes.
Além do Brasil, a empresa espera fornecer o modelo aos mercados de Chile, Colômbia e Argentina. Aliás, a exportação é uma grande aposta da marca, já que as vendas no mercado interno continuam em queda livre em 2016. No Brasil, o modelo deve encarar o líder do segmento, o Mercedes-Benz O-500 R. Outro chassi que concorre diretamente no segmento é o K310 da Scania. “Não se trata apenas de acrescentar uma potência, tivemos que mapear todas as rotas da América do Sul, onde se aplicaria o veículo, para chegar a uma configuração de alta performance e de economia de combustível”, afirma Stival.
HÍBRIDO
A cidade de Curitiba, em parceria com a Volvo e o governo sueco, iniciou os testes com um ônibus híbrido articulado na cidade, o Hibriplus. A parceria marca também a vigência da segunda fase (de três) do projeto de Eletromobilidade Volvo na América Latina, que são os testes. A primeira fase foi a produção e a comercialização do híbrido convencional no país.
Durante seis meses, o ônibus vai circular na linha Interbairros II, com 41 quilômetros de extensão. Diferentemente dos híbridos que já rodam na cidade de Curitiba, o Hibriplus recebe propulsor com tecnologia Euro VI de emissões, que, segundo a Volvo, emite 39% menos CO2 e até 50% menos material particulado e NOx (óxidos nocivos à saúde). Será um grande aprendizado para todos nós acompanhar a operação real. Nos ajudará a adaptar o veículo europeu às particularidades do transporte público na América Latina”, destaca Rafael Nieweglowski, coordenador do programa da Volvo Bus Latin America.