
Não há como a Copa Truck não ser uma grande geradora de emissões de poluentes, principalmente do CO2. São algumas dezenas de caminhões correndo com os motores em pressão máxima e alta queima de diesel. É uma característica inevitável até que os motores sejam substituídos por movidos a gás biometano e elétricos, o que ainda vai demorar por razões econômicas. No entanto, a equipe AJ5 Trucks Eco Sports corre com um caminhão protótipo construído com peças remanufaturadas e retificadas para levantar a bandeira da sustentabilidade e logística reversa.
Primeiro resultado
O piloto da equipe AJ5, Adalberto Jardim, ficou 7º lugar na etapa de Cascavel (PR), realizada no último dia 28 de junho, com o tempo de 40s878 atrás do primeiro colocado, Wellington Cirino (Mercedes-Benz), que percorreu as 27 voltas em 40min29s610. O caminhão verde ficou à frente de modelos da Volkswagen, Iveco, MAN, Mercedes-Benz e Volvo. Acesse a classificação da primeira etapa da Copa Truck no final deste texto.
“Nosso caminhão não é verde só na cor. Ele traz o conceito da remanufatura e do reaproveitamento de peças e componentes, pois acreditamos que a reutilização dessas partes ajuda a preservar o meio ambiente e a divulgar a ideia de logística reversa e sustentabilidade. Apostamos neste conceito e levaremos isso para as pistas a partir da etapa de Cascavel, no Paraná”, diz o piloto e criador do conceito.

Considerado como protótipo, o caminhão tem motor MB OM 457 — o que mesmo que equipa modelos do Axor e chassis de ônibus da linha rodoviário Mercedes-Benz O 500 — de 12 litros distribuídos em 6 cilindros em linha que foi montado com componentes usados e retificados, como o bloco, bielas, unidades de injeção, bomba de combustível e de pressão de óleo. O câmbio de 6 velocidades, embreagem e diferencial também são remanufaturado. Outras peças foram adquiridas novas, como pistões, camisas, bronzinas, anéis e juntas. A carenagem foi construída com fibra de bambu.
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