A série Baú da TRANSPORTE MUNDIAL traz o lançamento do Volvo FMX no Brasil. Em 2010, na época de seu lançamento no pais, o mercado de veículos pesados vocacionais estava ganhando destaque principalmente nos países em desenvolvimento, onde o investimento em infraestrutura se fazia cada vez mais necessário por conta da expansão desses mercados, como era o caso do Brasil e também do Peru. Na época, o país contava com uma frota de 55.000 caminhões pesados, sendo que a curva de crescimento dos veículos vocacionais subia, em média, de 4% a 5% nos cinco anos anteriores. Veja a matéria de lançamento abaixo:
Aproveitando o bom momento econômico – no primeiro semestre de 2011, a Volvo já havia vendido cerca de 10.000 caminhões na América Latina – a fabricante trazia para a região o Volvo FMX, que substituiria todos os FM vocacionais.
Hoje disponível no mercado de usados, o caminhão, disponível nas versões 6×4 e 8×4, se tornou uma opção a mais para o transporte de cargas na faixa de 32 a 50 t de PBT (Peso Bruto Total) nas atividades ligadas à mineração, cana-de-açúcar, madeira e construção. Na época, a fabricante afirmava que a linha FM iria continuar no mercado, mas somente com motores de 370 cv nas versões 4×2 e 6×2 rodoviários.
Em 2011, o veículo chegou para inaugurar uma nova fase da Volvo, em termos de robustez e design. Ainda não se sabia, mas eram as primeiras pistas em termos de tendência para a aparência externa dos veículos da marca nos próximos anos; caracterizado por linhas modernas e ao mesmo tempo agressivas, que destacam vigor e resistência, reforçadas principalmente por uma nova grade superior, uma grande altura livre e para-choque com um desenho mais agressivo, o FMX não nega que é um caminhão fora de estrada.
A parte inferior frontal da cabine foi ampliada em 165 mm, e equipamentos extras, como a proteção gradeada de farol – para evitar avarias no conjunto óptico do caminhão quando o veículo estiver em operação em ambientes acidentados – e um pino de reboque dianteiro, instalado no centro da grade inferior, que tem capacidade para 25 t, completam o pacote.
Antes de chegar ao mercado, o FMX foi submetido a um longo programa de testes no campo de provas em Hällered, na Suécia. Durante seis meses, o caminhão foi exposto a grandes quantidades de poeira, cascalho, lama, barro e água, além de longas horas de rodagem transportando 26 t de rocha, carga completa de um 6×4.
No que diz respeito ao trem de força, o Volvo FMX não sofreu alterações. O FM já era conhecido no mercado por ter um eixo traseiro forte e resistente – no FMX ganhou um reforço de carcaça fundida e com capacidade para 32 t, e um conjunto técnico a favor do baixo consumo de combustível, aspecto que pesa significativamente nos custos do transportador. O freio motor VEB (Volvo Engine Break), com potências de 410 cv e 500 cv, também permaneceu o mesmo no novo fora de estrada. O FMX possui eletrônica embarcada, o que oferece sinergia entre os componentes do trem de força, incluindo o Trip Manager, uma ferramenta que auxilia o transportador na gestão de frota.
A outra novidade do FMX está ligada ao motor. O modelo conta com dois tipos de motores: o de 13 litros, com potência entre 400 cv a 480 cv, e o de 11 litros, com potência de 370 cv que atende aplicações intermediárias de 32 t a 37 t entre o FMX 13 litros e o VM 6×4. No segundo caso, é ideal para o acoplamento de implementos romeu e julieta ou também para caçambas de 14 m³, betoneiras na área de construção e também para guindastes. A caixa I-Shift também passou a ser oferecida para o veículo fora de estrada.
Um dos pontos fortes da Volvo – a segurança – não ficou de fora do FMX. Além de ter novos para-sóis – a pedido dos clientes, para evitar a ocorrência de insolação – espelhos e faróis idênticos aos da linha FH, o caminhão conta com faróis formados por duas unidades, sendo uma principal e outra auxiliar. Neste último, o acionamento é feito quando o veículo faz uma conversão, iluminando a direção para a qual o caminhão está indo, aumentando a visibilidade do motorista.
Em relação aos dispositivos de segurança, o FMX tem como opcional o ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade, em português), que reduz a possibilidade de derrapagem e de capotagem em curvas fechadas. Além disso, ainda pode ter o ACC, piloto automático inteligente que ajuda o veículo a manter distância constante e segura do veículo à frente. Ele reduz o risco de, em caso de distração do motorista, uma colisão com um automóvel que está trafegando em uma velocidade menor à sua frente.
O LCS (Sensor de Ponto Cego, em português) do caminhão funciona como um radar que avisa o condutor se existe algum objeto em caso de troca de faixa de rodagem e será um equipamento adequado para quem trabalha, por exemplo, nos campos de mineração. E para evitar problemas com blitz policiais, o bafômetro Alcolock, instalado dentro da cabine, que mede a quantidade de álcool na respiração do motorista. Em caso de excesso da substância, o sistema impede a partida do motor do caminhão.
Na ocasião de lançamento, em termos de preço, o FMX sofreu um acréscimo de 10% no valor em relação ao FM. No Brasil, os primeiros modelos foram entregues em janeiro de 2011.
Cinco anos após o lançamento do modelo no Brasil, a Volvo apresentou a segunda geração do FMX. Com relação ao FMX de 2010, o modelo é uma opção interessante no segmento fora de estrada. Na época do seu lançamento, o modelo custava R$ XXX.XXX. Hoje, no mercado de usados, o FMX é encontrado a partir de R$ 188.526 na versão com motor de 11 litros e 370 cv de potência. O principal concorrente do FMX, ano 2011, é o Mercedes-Benz Actros 4844, que, no segmento de usados, sai por R$ 390.000.