O primeiro caminhão carro-forte 100% elétrico no mundo foi desenvolvido pelo Grupo Protege e com parceiros. Ele usa tecnologia nacional e foi desenvolvido em parceria com uma empresa centenária, a Eletra, e a MIB Blindados.
O modelo foi estruturado em um chassi de carro-forte retirado de circulação. Todos os elementos que não foram contemplados no novo projeto, como motor a diesel, por exemplo, foram destinados para reciclagem, conforme publicação do Grupo Protege.
O protótipo conta com autonomia de 75 km, suficiente para uma jornada de operação em regime urbano e emissão zero de gases poluentes na atmosfera. Um dos principais impactos do carro-forte elétrico é o benefício para o meio ambiente. A redução média na emissão de carbono será de 1,4 toneladas de CO² por mês, já considerando os fatores de emissão de CO² para fornecimento de energia elétrica.
O carro-forte elétrico é tracionado por um motor elétrico cuja única fonte de energia é um banco de baterias, instalado a bordo do veículo.
Abastecimento
Um carregador foi instalado em uma garagem da Protege, e será o responsável pelas recargas – que levam 2h30.
O desenvolvimento do carro-forte elétrico teve como base um chassi de caminhão Volkswagen VW 8.160. Todo o processo levou 18 meses para ser concluído e custou R$ 1 milhão.
Em vez de criar um veículo totalmente novo, a Eletra usou um processo chamado retrofit, que consiste em converter um veículo usado a diesel em um elétrico. Esse tipo de processo de eletrificação de modelos usados a diesel é muito comum nos Estados Unidos e bastante aplicado pelas gigantes da distribuição de mercadorias, como Fedex e UPS.
Trem de força
O motor elétrico com potência equivalente a 449 cv e 17.651 Nm de torque fornecido pela brasileira WEG foi instalado em uma posição mais baixa do que o antigo diesel que equipada o veículo. Ele é ligado diretamente ao eixo cardã.
A especialista Eletra ainda instalou um sistema de regeneração da energia para as frenagens. Dessa forma, as baterias podem ter parte da carga recuperada durante a operação. A Protege afirma que o custo de operação do carro-forte elétrico é 65% mais baixo do que dos similares a diesel.
Outra vantagem na operação é a ausência de ruídos, além das emissões neutras.