O caminhão FMX na versão de 500 cv e graças às suas técnicas construtivas tem colaborado para operação das empresas do ramo.

E para por em prova a desenvoltura desse modelo, a Volvo preparou uma pista simulando um campo de mineração para apresentar os seus atributos técnicos. O modelo avaliado foi o FMX 500 8x4R. Essa configuração de eixo e de motor responde por 60% das vendas de caminhões FMX direcionados à mineração.

De acordo com Jeseniel Valério, gerente comercial de caminhões vocacionais da Volvo do Brasil, o cliente entendeu que nessa faixa de potência e torque o caminhão faz boa velocidade média e por isso consegue transportar mais carga líquida no final da operação, rendendo em um menor custo por tonelada transportada.

O FMX é equipado com motor Volvo D13C500 de 500 cv de potência entre 1.400 e 1.900 rpm e 255 mkgf de torque entre 1.050 e 1.400 rpm. Esse motor de exatos 12,8 litros possui sistema de injeção direta com unidades injetoras e gerenciamento eletrônico para atender ao Proconve Fase 7 (que equivale a Euro 5).

Muitas manobras e rampas bem inclinadas são comuns nos campos de mineração, por isso ter um caminhão que oferece motor com torque mais alto ajuda manter a velocidade de cruzeiro por mais tempo. E isso é notável no FMX. E se levar em conta que comumente nessa atividade a velocidade não ultrapassa os 50 km/h, 60 km/h em tiros curtíssimos, esse caminhão se mostra ágil.

O FMX 500 8×4 possui PBTC de 52 t e sua capacidade de carga líquida está entre 35 t e 38 t – dependendo do implemento que receber.

A flexibilidade é outro importante predicado desse caminhão rígido. Possui versões entre-eixos  de 4.300 mm a 5.500 mm. O eixo traseiro produzido pela Volvo denominado RTH3210F combina ao pneu 12R22,5. São sete opções de relação de diferencial para atender a cada perfil de topografia e de velocidade e elas partem de 3,33:1 a 7,21:1.

Nessa configuração, o que se nota é que apesar de o caminhão rodar numa velocidade mais baixa e com 35 t de carga líquida no diferencial mais curto, ele consegue vencer um aclive a uma velocidade média de 30 km/h. Para sair de uma rampa com mais segurança e até para garantir a maior confiança do motorista, a Volvo oferece de série o auxílio de partida em rampa, componente capaz de segurar o veículo por alguns segundos na hora que motorista tirar o pé do freio para o acelerador. A elevada capacidade de giro que tem esse caminhão, nessa configuração de 8×4 é uma das facetas que mais chama a atenção no modelo.

A segurança na descida, que nas minas costumam ser íngremes, é garantida pelo freio WEB que tem poder de frenagem de 510 cv, ou seja, a segurança realmente é percebida, uma vez que a capacidade de frenagem é maior que a potência do caminhão. Utilizar o componente também é uma maneira de prolongar a vida útil do sistema de freio do veículo.

Ainda com relação à segurança, a Volvo destaca o conceito de célula de sobrevivência da cabine do FMX, com reforços das estruturas internas e da própria lataria, com intuito de diminuir ao máximo a intrusão em caso de capotamento, tombamento ou até queda de objetos como paus e pedras – situações que podem acontecer numa atividade de mineração.

Para se ter ideia, esse conceito atende às normas europeias de segurança dos caminhões, algo ainda não cobrado pelas normas brasileiras. Um bônus em segurança que a Volvo entrega aos clientes da marca.

Sua boa manobrabilidade também lhe rende boa fama, pois o caminhão vence de maneira ágil os caminhos mais estreitos. A versão avaliada é equipada com direção hidráulica, mas a Volvo oferece como item opcional a Direção Dinâmica Volvo (Volvo Dynamic Steering), o que deixaria situações como essas menos desgastantes para o motorista. O sistema combina a convencional direção hidráulica a um motor elétrico acoplado ao eixo de direção. O resultado é uma maneira mais precisa de dirigir, dando aos motoristas um ambiente de trabalho mais seguro, confortável e agradável.  

A I-Shift, transmissão automatizada da marca, também é diferenciada para a gama de caminhões off road. Pelo fato de as operações fora de estrada demandar mais do caminhão, como manobras, marcha ré, arrancadas frequentes e com o caminhão supercarregado, a caixa I-Shift off road conta com o software e engrenagens para responder rapidamente a essas solicitações. Isso significa que, se o caminhão entender que ele precisa de força para sair da inércia, facilmente será capaz de sair em 4ª marcha e sem galopar.

A Volvo oferece as versões da I-Shift para a gama vocacional com 13 e 14 marchas, sendo a primeira Overdrive com uma marcha superreduzida, e a segunda Direct Drive com duas marchas superreduzidas. Porém, para o FMX 8×4 de mineração a mais indicada é a caixa de 12 velocidades que é superreduzida na primeira marcha, suficiente para suportar suas 52 t de PBTC.

Sua configuração não é nada diferente do convencional 8×4, não fosse o detalhe de que essa arquitetura é possível acoplar modelos de implementos compactos. É um caminhão cujo chassi é mais elevado em relação ao solo. A nova suspensão também é adaptada para o trabalho pesado e para maximizar a distância do solo.

Toda a parte inferior frontal do veículo pode servir de escada as quais o condutor tem acesso para fazer a limpeza do para-brisa.

Os espelhos retrovisores são adequados às condições mais exigentes, pois possuem suportes robustos, porém, mais finos, o que não atrapalha a visibilidade de dentro da cabine.

 

Um tipo rodoviário

A bordo do veículo, o motorista se depara com um novo painel suave ao toque e bem envolvente, concebido para ser mais ergonômico e confortável, com toda a instrumentação bem próxima do motorista. O volante multifuncional completa o apelo ergonômico.

E o revestimento a bordo na cor escura foi desenvolvido para preservar mais o habitáculo em ambientes mais empoeirados.