BNDES faz mercado de caminhões cair

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Linha de Montagem da Ford Caminhões

Linha de Montagem da Ford Caminhões

Nos dois primeiros meses deste ano (os números de março ainda não foram divulgados), a Mercedes-Benz emplacou 5 068 caminhões no Brasil, 31 unidades a mais que o primeiro bimestre de 2014, portanto, um crescimento de 0,6%.

Porém, o cenário para os próximas meses é duvidoso devido à morosidade na aprovação dos financiamentos pelo Finame PSI (com recursos do BNDES), o que fez ascender a luz de alerta na Mercedes-Benz e em outras fabricantes.
A marca alemã reduziu a semana de trabalho de cinco para quatro dias para diminuir a produção na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Agora, a empresa também deu férias coletivas de 20 dias para os funcionários da fábrica de Juiz de Fora (MG), onde são montados o Actros e o Accelo. Outros fabricantes, como Scania e Ford, também estão tomando medidas para reduzir a produção.

Fontes dos bastidores do mercado afirmam que demissões somente não ocorreram no setor automotivo até o momento por causa de fortes pressões do governo federal para não prejudicar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Portanto, se o mercado não melhor, demissões irão ocorrer após às eleições.

Entre os cinco maiores fabricantes de caminhões, somente a Volvo apresenta um cenário completamente diferente e de alto crescimento. No primeiro bimestre deste ano, a Volvo cresceu 20,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).