Philippe Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil

O mercado de caminhões pesados cresce ao ritmo de 91,7% este ano, segundo dados de emplacamentos divulgados pela Anfavea (associação das montadoras). Este percentual poderia ser maior se as fabricantes conseguissem atender todos os pedidos.

Algumas marcas já declararam que a capacidade da mão de obra tem sido o limitador da produção e, conseguintemente, das vendas. E, com a demanda em alta, não atender um cliente significa entrega-lo para a concorrência. Em fevereiro, a Volvo começou a trabalhar em dois turnos na fábrica de Curitiba (PR) e, agora, a Mercedes-Benz anuncia a contratação de mais 150 funcionários para a fábrica de Juiz de Fora (MG).

Eleição faz MB ser cautelosa

O objetivo da Mercedes-Benz é aumentar a produção do Actros de 22 para 28 caminhões por dia. Segundo o presidente da empresa no Brasil, Philippe Schiemer, a alta demanda por cavalos mecânicos impulsionada, principalmente, pelo agronegócio, provocou fila de espera de três meses para produção. “Ainda estamos cautelosos devido a eleição, mas o desempenho do Actros nos motiva a elevar a produção para chegar às 32 unidades por dia”, diz o executivo durante coletiva no Salão de Hannover, na Alemanha.   

Os modelos Actros 2651 e 2546 estão entre os 10 mais vendidos do segmento:

Scania R 440

3.000

14,47%

Volvo FH 540

2.574

12,42%

Volvo FH 460

1.984

  9,57%

MB Actros 2651

1.763

  8,51%

DAF XF 105

1.179

  5,69%

MB Actros 2546

    822

  3,97%

MB Axor 3344

    773

  3,73%

Scania R 480

    554

  2,67%

MB Axor 2544

    504

  2,43%

10º

Volvo FH 500

    476

  2,30%

 Fonte: Fenabrave – Denatran – emplacamentos de janeiro a agosto de 2018

A Mercedes-Benz é líder do segmento de caminhões pesados com 5.782 unidades, seguida da Volvo (5.751), Scania (4.947), MAN/VW (1.997), DAF (1.382), Iveco (756) e Ford (120).

No início do ano, a Mercedes-Benz já havia contrato 180 funcionários, quando ampliou a produção do Actros de 15 para 22 unidades por dia. Com a nova contratação, a fábrica de Juiz de Fora passa a contar com 1.030 colaboradores, o maior número desde que a unidade foi convertida para a produção de caminhões. Porém, fábrica segue funcionando em único turno de oito horas.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).