A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) apresentou o e-Volksbus, seu ônibus elétrico que vai estrear no mercado em 2024. Por ora, o modelo roda dentro da fábrica, aferido pela engenharia.
Seja como for, o ônibus elétrico apresentado à imprensa estava com carroceria Caio tipo Padron. Com capacidade para mais de 80 passageiros e 18 t de peso bruto total (PBT). Ou seja, atendendo às demandas do transporte coletivo da São Paulo Transportes (SPTrans).
LEIA TAMBÉM: Higer fornece ônibus elétricos à cidade de Cascavel, no Paraná
Nesse sentido, de acordo com Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da VWCO, já há conversas com potenciais clientes que demonstram interesse no modelo. Por essa razão, haverá outras configurações do ônibus. Afinal, a intenção é atender às necessidades de clientes das diversas cidades que visam virar a chave para a eletrificação no transporte urbano coletivo.
O nome e-Volksbus é provisório. Trata-se do nome dado ao projeto. A VWCO não informa detalhes sobre o nome do veículo, bem como sobre sua motorização. Mas adiantou que o modelo pode receber de oito a 12 pacotes de bateria. Assim, oferecendo autonomia de 250 a 350 km. Além disso, é equipado com suspensão a ar.
Ônibus elétrico integra o e-Consórcio
Ademais, vale ressaltar que o ônibus elétrico é fruto do desenvolvimento da equipe de engenharia da VWCO e do e-Consórcio. Um grupo de empresas que também respondem pelo desenvolvimento do e-Delivery. Nesse sentido, por exemplo, a CATL é responsável pelo fornecimento das baterias.
O modelo é fruto de investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão. Valor destinado ao desenvolvimento de produtos elétricos. Incluindo o novo modelo e-Delivery de 17 t, que deve chegar ainda este ano.
Ainda de acordo com Alouche, o veículo foi projetado com o e-Flex. Ônibus híbrido da Volkswagen com motor etanol do Golf que alimenta as baterias. O modelo foi destaque do estande da marca no Salão de Hannover em 2018.
Seja como for, o e-Volksbus deve chegar ao país por quase R$ 2 milhões. O valor alto se deve ao custo das baterias. Ou seja, cerca de três vezes maior em relação a um ônibus equivalente com motor Euro 6.
“Nossa intenção é traçar um plano para tornar a operação vantajosa ao cliente. Nesse sentido, estamos em conversa com governos municipais, empresários e até mesmo a própria Enel e outras empresas fornecedoras de energia. Assim identificar como podemos viabilizar economicamente a operação com ônibus elétrico”, diz Alouche.
Do mesmo modo, Alouche ainda afirma que empresários da cidade de São Paulo não podem mais investir em ônibus a combustão. “Portanto, seria interessante o governo federal contribuir, por exemplo, com isenção de impostos. Ou mesmo com taxas diferenciadas de financiamento”.
Alternativa mais barata
Com o objetivo de trazer uma alternativa mais barata ao cliente, a Volkswagen iniciou conversas com a Eletra. A empresa, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, atua na produção de veículos elétricos.
Dessa forma, a Volkswagen forneceria o chassi. E a Eletra entregaria os componentes elétricos. Mercedes-Benz e Scania já contam com produtos frutos dessa parceria. Sendo chassis diesel já existentes convertidos em elétricos. E com motores WEG.
 apresentou o e-Volksbus, seu ônibus elétrico que vai estrear no mercado em 2024.){kind=link}