Prof. José Manoel

Cada vez mais os gastos com armazenagem, transporte e demais despesas afins, os chamados custos logísticos, tomam parcela mais significativa do valor total do produto que consumimos ou exportamos. Dentre os custos logísticos, 70% deles correspondam diretamente aos custos de transporte.

No caso das commodities de baixo valor agregado, sejam minerais ou agrícolas, a situação é ainda mais drástica.  A produção agrícola do Mato Grosso, por exemplo, um dos maiores produtores de cereais, chegam para o consumo no Sudeste com o valor incrementado em 25% apenas pelo transporte.

Outro viés decisivo da questão é a especialização profissional das pessoas que trabalham diretamente com o transporte ou indiretamente, como as pessoas que produzem estradas e veículos, trilhos e vagões etc. Temos uma indústria automobilística à altura das mais desenvolvidas do mundo. Temos engenheiros realmente gabaritados para as obras e equipamentos, mas nos falecem especialistas capazes de construir soluções de transporte e armazenamento integrados que, valendo-se da intermodalidade, dos entrepostos de coleta e concentração de carga e demais providências promovam a eficiência, forma única de enfrentarmos o estado de coisas.

Na UNIP (Universidade Paulista) construímos um curso de pós-graduação voltado à logística, e nele o engenheiro poderá mais que obras, aprender a construir sistemas, ajudando o poder público municipal, estadual, federal e a iniciativa privada a ajudar o país no seu calcanhar de Aquiles, a precariedade da infraestrutura.

Os ciclos econômicos mudam cada vez mais rapidamente e os gargalos estruturais se multiplicam. Precisamos criar a expertise necessária a tempo de não sermos engolidos por falta de precaução. Entendo que o só conhecimento pode gerir o necessário investimento que por fim terá o condão de despertar esse gigante afeito a berço esplêndido.

Por: Prof. José Manoel